FAZER DO BEM
Entre situação e outra eis que o viver divaga em vagas constatações
FAZER DO BEM
FAZER DO BEM
Se tempo corre corro também. Mas em se tratando de velocidade, bom perceber que correr muito, além de perigoso, adianta pouco. Se não fosse assim a ansiedade seria a solução de todo e qualquer atraso. E isso é justo o que não é porque lá no final das contas, tempo ganho na afobação fica perdido no cansaço que bate pé e faz parar tudo.
Na pressa da tinta acaricio pincel sem pressa porque quem dita tempo aqui sou eu e não ela que nem por isso se incomoda. Se souber levar, tinta além de aceitar acomoda que é uma gracinha, justo onde quero, porque aqui quem quer sou eu.
Mas bom perceber que pra comandar querer é preciso entender da existência daquele outro querer que só quer alargar bem que só faz bem pra que tudo seja no tempo o que, sem pressa ou atraso, está aí pra que dele tenhamos e façamos o melhor.
Na pressa da tinta acaricio pincel sem pressa porque quem dita tempo aqui sou eu e não ela que nem por isso se incomoda. Se souber levar, tinta além de aceitar acomoda que é uma gracinha, justo onde quero, porque aqui quem quer sou eu.
Mas bom perceber que pra comandar querer é preciso entender da existência daquele outro querer que só quer alargar bem que só faz bem pra que tudo seja no tempo o que, sem pressa ou atraso, está aí pra que dele tenhamos e façamos o melhor.
Belo Horizonte, 02 março 2009
NADA É NOSSO
Nada é nosso. Não vai aqui nenhum delírio. Esta é a verdade nua e crua.
Nada é nosso Taís. Nem mesmo o instante do nascer é nosso, por ser ele conseqüência da ação de outro alguém que ao copular com outro alguém, gera outro alguém. Somos resultado de dois outros seres que, como nós, nada possuem. De quem é a autoria do nascer?
Crescemos à revelia de nossa vontade, que não é nossa. Aprendemos a acreditar e a duvidar de coisas e mais coisas que dizemos ser nossas, mas que à luz da verdade resultam em coisa nenhuma. Somos meros captadores e transmissores de tudo que nos é dado e tirado. O que julgamos possuir, não nos pertence. Nem o que julgamos julgar. E se não tivermos mínimo de atenção, acabaremos como pertences dessas posses dispostas à mais solene ilusão.
Nada é nosso. As vestes que vestimos são propostas por outros seres que a conceberam por motivação de outros, para a apreciação de outros. Toda aquisição nossa existe com único propósito de vir a ser do outro, ainda que pelo simples reflexo da ambição. Por isso é que quanto mais retemos o que acreditamos ser nosso, mais incômodo e transtorno estaremos causando.
Nada é nosso. E não adianta querer mudar, por ser o querer poço sem fundo de ilusão. Somos a aquisição de contínua entrega que ao entregar-se ao amor, aí sim, poderá fazer de nós alguém. Daí a imprescindível necessidade de sermos solidários e não solitários. Do contrário, passaremos por esta vida que não é nossa, sendo ninguém.
Nada é nosso Taís. Nem mesmo o instante do nascer é nosso, por ser ele conseqüência da ação de outro alguém que ao copular com outro alguém, gera outro alguém. Somos resultado de dois outros seres que, como nós, nada possuem. De quem é a autoria do nascer?
Crescemos à revelia de nossa vontade, que não é nossa. Aprendemos a acreditar e a duvidar de coisas e mais coisas que dizemos ser nossas, mas que à luz da verdade resultam em coisa nenhuma. Somos meros captadores e transmissores de tudo que nos é dado e tirado. O que julgamos possuir, não nos pertence. Nem o que julgamos julgar. E se não tivermos mínimo de atenção, acabaremos como pertences dessas posses dispostas à mais solene ilusão.
Nada é nosso. As vestes que vestimos são propostas por outros seres que a conceberam por motivação de outros, para a apreciação de outros. Toda aquisição nossa existe com único propósito de vir a ser do outro, ainda que pelo simples reflexo da ambição. Por isso é que quanto mais retemos o que acreditamos ser nosso, mais incômodo e transtorno estaremos causando.
Nada é nosso. E não adianta querer mudar, por ser o querer poço sem fundo de ilusão. Somos a aquisição de contínua entrega que ao entregar-se ao amor, aí sim, poderá fazer de nós alguém. Daí a imprescindível necessidade de sermos solidários e não solitários. Do contrário, passaremos por esta vida que não é nossa, sendo ninguém.
Belo Horizonte, 26 março 2004
24 comentários:
"Mas bom perceber que pra comandar querer é preciso entender da existência daquele outro querer..."
Cadinho, como sempre tentando juntar os pedaços, para montar uma "colcha de Retalhos", que é como seus textos se apresentam para mim!
O "retalho" aí de cima é lindo!
Leio e releio... Tento decifrar os enígmas! Vc faz tortuosas linhas, e seguí-lo, muitas veves requer um fio condutor, para não me perder em labirintos e mais labirintos...
Vc não escreve para se ler uma vez e ir embora... requer várias voltas...rrsrs
Ainda falta o segundo texto... eu volto!!!
Beijos
Penso nisso agora, o tempo. Há tempo para tudo meu amigo. Tempo e temperança... que Deus coloque em nossos caminhos a sabedoria para perceber o justo momento... Beijos, Lu Monteiro
"O que julgamos possuir, não nos pertence. Nem o que julgamos julgar. E se não tivermos mínimo de atenção, acabaremos como pertences dessas posses dispostas à mais solene ilusão..."
Cadinho, creio, e quase afirmando, que o maior sofrimento das pessoas, deriva justamente o sentimento de posse...
E esse texto seu elucida isso de forma clara e absoluta!
"Nada é nosso" é uma constação óbvia... Só que o ser humano é dado a viver na ilusão... no engano imposto por ele mesmo!
E quando nos despreendeos de todo esse sentimento taquanho, é que somos verdadeiramente felizes!!!
A verdareira liberdade está em não possuir e não ser possuido!!!
E hoje posso afirmar isso, por experiência própria...
Hoje eu seu o que é ser livre! E sei o que é ser feliz!
Apesar de todos os pesares!
Eita que hoje tô falante...rsrsrsrsr
Beijos e tenha um lindo dia!
Vim agradecer a visita e o comentário.
Amei teu espaço!!!!
Abraços, amigo!
ok, cadinho... bom te encontrar assim...
solidão,
caixa vazia
sem sentido
bom te encontrar
por aqui
solidário
boa semana, meu rei!
:]
O tempo passa muito veloz, e nao dá para o controlar...
Mesmo assim se nós nos esforçamos sempre temos tempo pra fazer coisas boas e esta com quem amamos! =D
Lindo post!
Um bom texto, com uma filosofia de vida que me parece acertada.
Viver para ser solidário, não solitário, pode bem aí residir a chave para termos algo de verdadeiramente nosso, o amor pelo próximo e por nós mesmos.
Um abraço desde Lisboa.
Jorge P.G.
é bom quando conseguimos controlar o tempo, mas nem sempre conseguimos fazê-lo
beijos e boa semana
Cadinho,
Palavras são nossas e nós as comandamos. Não fosse isso e este espaço não seria só seu e de mais ninguém.
Abraços,
Odette
Nosso, só o agora!
Grandes verdades vc disse, Cadinho!
Lições que só a vida ensina. Grande Mestra!
beijo
...............Cris Animal
Há tanto fogo pra queimar nos cerrados, quanto água para passar por debaixo da ponte... rsrsrsrs
Disse tudo. Nada é nosso.O amor é que nos faz alguém.
A gente chega sem nada. Vai sem nada. Mas os atos e as lembranças nos fizeram e a outros alguéns...
Fazer, então, sem ansiedade que só nos angustia. Doar-se, ser-se( existe assim?) e não ter-se.
Parabéns pela bela mensagem, Cadinho,e grande lição de vida.
Um abraço muito mas muito carinhoso.
concordo com tudo... quando olhamos para o lado e enxergamos de verdade as pessoas ao nosso redor, a vida passa a fazer mais sentido. temos que fazer com que a corrente do bem seja perene e crescente.
e obrigado pela visita viu!
grande abraço
Quando queremos há sempre tempo para fazer aquilo que gostamos.
Uma boa semana
É como diz o velho ditado: a pressa é inimiga da perfeição. As coisas têm de ser feitas com calma...
...
Quando ao seu comentário lá no meu blog, não precisa ficar com vergonha caso a intenção seja de criticar. A caixa de comentários não serve só para o leitor chegar lá e ficar me bajulando, não. Se tiver uma crítica a fazer, tudo bem.
Não apaguei seu comentário, até o respondi, mas ele ainda não está na home-page do blog porque meu tempo está curto e tenho de sair logo do computador.
...
Passe lá no meu blog e deixe seu comentário!!!
Meu amigo....fico muito agradecido por vc ter participado da Maquina do tempo no Entrando Numa Fria..momentos esses unicos de aprendizagem.....agradeço por tudo...e por se fazer presente sempre...
SO as barreiras colocam obstaculos ne meu amigo......temos tempo pra tudo so bsta acharmos...
abraçao
Olá Cadinho, passamos pra deixar um cheiro e desejar uma ótima semana.
Bjs.
Eis que retorno... E releio... E penso!
E agora eu me calo...rsrsrs
Beijos
"Somos a aquisição de contínua entrega que ao entregar-se ao amor, aí sim, poderá fazer de nós alguém."
Meus olhos rebrilharam quando li essa frase!
Perfeito!
Beijos e borboleteios, Cadinho
Cadinho!Seus textos são labirintos deliciosos de percorrer e encontrar,ou não a saída!
"Daí a imprescindível necessidade de sermos solidários e não solitários. Do contrário, passaremos por esta vida que não é nossa, sendo ninguém."
Beleza e verdade puras!!
Beijo!Sonia Regina.
O tempo passa sem olhar...sem recuar...
Nada é nosso...por isso tem mt mais valor e nos da tanta luta ...
beijo
Oi, Cadinho, e devo voltar a acreditar, ou reforçar as muralhas?
Sinto-me tantas vezes perdida...
mas cada vez que isso acontece, coloco mais uma pedra, mais um cadeado...
Lindo, o que li fez-me reflectir e pensar se não será bom, começar a deixar cair aos poucos as grades que impus a mim mesma, como refugio da minha alma.
Beijinhos
Liliana
Que dera ter algum tempo para diminuir o passo, mas no geral, só tempo para apressar mais...
Concordo qe não temos nada, mas mesmo assim, ainda no damos tanto valor de acordo que supomos ter...
Fique com Deus, menino Cadinho.
Um abraço.
Amigo, vc é sábio. Aaaamo seus pensamentos. Pronto, disse rss
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