Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

sábado, 29 de maio de 2010

SOU QUEM SOU

O importante é o que vai pelo presente

SOU QUEM SOU

Vivo o que na verdade já acontece em mim. Desfruto do encontro que na verdade já frutificou em mim. Convivo com a realidade que na verdade já está em meu presente.

Na certeza da fé não abro espaço para a dúvida que é justo aquilo que puxa para o retrocesso dos acontecimentos. O mar puxa o corpo para o reboliço de suas águas, como quem atrai para si o encanto de algum encontro. É parte da natureza buscar, atrair, absorver o corpo em cujo viver habita a aceitação e a recusa.

Vivo o que alimento e o que alimenta o meu ser. Razão pela qual convivo com a entrega e com a recusa do que faz em mim quem sou.

Belo Horizonte, 29 maio 2010

A TINTA

Sobre o balcão da agência Unibanco do Mercado Central, uma caneta presa a fina corrente. Sem corrente a caneta some como que por encanto. Ao invés de usa-la, trato de recorrer à que trago comigo. Para minha surpresa, tinta acabou. Próximo de mim um funcionário atento ao meu embaraço. Sua atitude é imediata. Da caneta acorrentada tira a carga com tinta, substituindo a minha já sem qualquer serventia.

Para pouco dinheiro toda conta é cara. Ainda assim consigo pagar o que devo. Exausto, agradeço gentileza de tão pronto atendimento. Ele agora, coloca carga nova na caneta acorrentada.

Para nenhum dinheiro toda conta é martírio. Mas ainda tenho tinta na caneta.

Belo Horizonte, 25 setembro 2001

16 comentários:

Daniel Savio disse...

Mas tem gente que insiste em viver da ilusões que ele mesmo plantam...

Fique com Deus, menino Cadinho.
Um abraço.

Unknown disse...

Gosto dos teus textos poéticos e então esta do bancário está muito boa.
Olha que isso é geral.
Se estivermos distraídos levamos mesmo as canetas e ninguém diga que não.
Aqui acontece o mesmo e então a solução é mesmo prender as canetas.

Dona Sra. Urtigão disse...

PUXA! O segundo é óbvio, e bem escrito faz o trivial se tornar poético. O primeiro, li e reli e fiquei a pensar na intemporalidade. Assim voce me obriga a pensar...

Mônica disse...

Meu conterraneo.
Adorei o jeito que escreve. De um fato corriqueiro faz a mágica de uma bela literatura.
Parabens!
Eu só escrevo rascunhos, mas gosto que leem.
com carinho Monica

Paula Barros disse...

Você decidiu ser, e é. Ponto final. E curte a vida do seu jeito. E aproveita os momentos.

abraço

Deia disse...

"Seu" Cadinho: somos o que escolhemos para nos alimentar, e escolhemos o que dispomos naquele momento - ou será o contrário? Gosto do jeito que você nos faz pensar sobre o que escreveu. O trabalho não é fechado, você nos dá asas para a imaginação... Um beijo, Deia

legalmente loira... disse...

Olá,
passando para desejar a você,
um bom fim de semana,
fui pega por varias ites....sinusite,
faringite e por ai vai.estou pessima ai ai ai
volto na segunda.
beijos.
adoro seus otimos textos...

Arnalda Rabelo disse...

"...Na certeza da fé não abro espaço para a dúvida que é justo aquilo que puxa para o retrocesso dos acontecimentos."

Gostei do texto,Cadinho

...É isso mesmo, a fé é a convicção
de fatos que não se vêem.

Bom final de semana!

Abraços
Arnalda Rabelo

Mulher na Polícia disse...

"Para nenhum dinheiro toda conta é martírio"

Ai, minhas contas.

Beijos!

Emilene Lopes disse...

Olá!
Obrigado pela visita...
Estarei passeando em teu blog.
Bjs meu
Mila

José Doutel Coroado disse...

a caneta com tinta (isto é) inspiração é muito mais necessária que quase tudo o resto.
abs

Tania regina Contreiras disse...

Obrigada pela visita, agora estou aqui para conhecer seu blog.

abraços,
tania

maria claudete disse...

Quando a gente tem certeza do que é e sabe o que quer, tenha certeza, nunca vai faltar tinta na caneta. Boa semana , meu amigo.

Desnuda disse...

Cadinho,

" sou quem sou". Fundamental esta consciência.


Beijos e bom domingo.


PS Amei o chapéu!

Talles Azigon disse...

Somente a fé com razão consegue sobreviver a tudo.

para pouco dinheiro toda conta é um terror mesmo,

Anônimo disse...

Olá, Cadinho,
Gostei. É assim mesmo, os fatos triviais são os que acabam nos inspirando a escrever e saem os melhores textos. Para quem sabe usar as palavras, é claro. Como você! Adorei teu blog. Bjsssss