AGORA
SÉRIE XAMÃ
FOLHETOS CADINHO ROCO
AGORA
O que eu
esperava encontrar ontem, não encontrei. Daí minha disposição na procura do que
vivo hoje.
O que encontro
no agora é justo o que está ao meu dispor para viver esse agora.
O movimento da
espera não é inerte. Daí a necessidade da sintonia nossa com o agir do tempo da
espera, para que saibamos receber e assumir com todo vigor o instante do
encontro. O mar mostra a onda que vem e que passa para não passar mais.
Xamã mostra
haver em cada instante a oportunidade de cada agora que não volta e que não
passará mais.
Belo Horizonte, 15 dezembro 2014
SAFADEZA
Não é porque o outro é safado que
deveremos assumir permitir safadeza em nossa vida. Problema é que quando
vivemos em país com enorme carência de educação e representação política que
não é está longe de ser exemplo referência de lisura, aí situação fica pior
mais complicada ainda.
Ao invés de reconhecer consequência de
tanto não saber, inverte assunto proclamando-se melhor maior estadista da
história. Mania de grandeza? Assim fica difícil muito difícil de escapar safar
do comportamento leviano. Em resumo, é assumir a safadeza como arma instrumento
de não menos ridícula defesa.
O poder, para quem não pode com ele, é
traiçoeiro perigoso demais. Além de corromper, propaga escancara a corrupção
para situações nunca antes imaginadas. Até chegar ao cúmulo do absurdo
traduzido por pesquisas que mostram maciço apoio à safadeza. Dá pra acreditar
nisso?
Belo
Horizonte, 17 abril 2006
4 comentários:
oi Cadinho
Esperar não é fácil e ser correto menos ainda rs...
Concordo com você: o poder corrompe-se no seu próprio exercício...
Há que ter esperança que as coisas mudem.
Um bom Natal e um beijo.
Esperar é realmente complicado, mas vale a pena
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Seu texto de 2006 continua atual, Cadinho. Safadeza é o que não falta no país. Abraço!
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