DESPRENDIMENTO
DESPRENDIMENTO
A atração
proposta pela aquarela não pretende explicar e nem ser explicada por conceitos,
teses ou decifrações que dão voltas e mais voltas no hipotético. Para
determinados instantes não é preciso mais que simplesmente sentir. Deixar que
flua o imaginário sem querer domar ou dominar sua expansão é algo que desafia a
simplicidade.
A simples
postura assumida pela aquarela propõe desprendimento. Respirar a liberdade é
permitir que a imagem seja o que ela é atenta para o quanto é pertinente não
ficarmos atados a prévios conceitos ou constatações. O que vem do tempo em
busca do nosso agir faz por merecer, em muitos casos, nossa mais simples
aceitação. Ficar preso à resistência além de cansar muito, em tantas ocasiões
termina por não oferecer qualquer serventia.
Belo Horizonte, 14 fevereiro 2018
DIANTE DA VERDADE
A questão
não está propriamente dito, em escapar ou não escapar dos fantasmas. Questionar
a existência deles também poderá ser tema de muita exaustão para pouco
interesse. O que interessa mesmo é estarmos vivos e vivermos respaldados pela
fé a guiar nossos passos para esse mundo marcado por muito mais mistérios que
podemos imaginar.
O convívio
com os fantasmas é parte de tudo que está aí para ser vivido por cada um de
nós. Enquanto Cavaleiro da Meia-Noite, protetor e afilhado da devoção e
santidade da madrinha Luzia, pela fé alimento corpo e espirito para que não
fiquem eles expostos às tentações do que depois estará sendo a pura realização
de infelizes transtornos.
O espirito,
uma vez amparado pela certeza da fé, torna-se imune à ação dos fantasmas.
Os
fantasmas não conseguem agir diante da verdade.
Belo Horizonte, 04 março 2003
Um comentário:
Passando, lendo e, desejando um dia feliz
Abraço
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