FLUTUANTE
FLUTUANTE
Avistei
o mar
Noite
fechada
Janela
escancarada
Respirei
aquele ar.
Ouvi
o ondular
Tendo
como convidada
Solidão
silenciada
Em
meu estar.
Vento
macio
Cheiroso
insinuante
Fazendo
frio.
Momento
palpitante
Espaço
vazio
Viver
flutuante.
Belo
Horizonte, 19 junho 2018
SOB
IMPACTO
Sobre
o nome
O
qualquer
O
nenhum
O
algum.
Sobre
a forma
A
idéia
O
rabisco
A
vontade.
Sobre
a sombra
Outros
casos
Outros
passos.
Sobre
o preto
Outro
branco
Outra
minúcia.
Belo
Horizonte, 12 agosto 1985
Um comentário:
Naquelas horas da madrugada em que as visões do mar surgem na janela escancarada, trazendo sons e cheiros quase palpáveis e saudades quase deliciosas , percebemos que viver pode - apesar de tudo - ser mais fácil do que pensar a vida.
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