SEM BRIO
SEM BRIO
Prefiro o sabonete líquido
Ao discurso fingido
Do analista perdido
Buscando ser comedido.
Há muita bobagem confundindo
Aquele que aparece induzindo
Ouvinte que acaba rindo
De quem só sabe seguir mentindo.
A necessidade da enganação
Acaba com a prudência da razão
Escorregada no sabão.
Mais vale o silencio
Do que acender pavio
Explosão de palavras sem brio.
Belo Horizonte, 05 setembro 2018
SEI
Sei para quem escrevo e este alguém sabe
que é para ele que escrevo.
Não sei quantas nem quais pessoas lêem o
que escrevo. Sei que não são poucas nem muitas. Não levo em conta as contas que
buscam conferir a ilusão dos números. Sim, porque os números iludem e por isso
confundem a realidade de seres inteiros.
Sei para quem vivo e este alguém sabe que
é para ele que vivo.
O resto é resto mesmo.
Assim é que sempre temos a oportunidade de
ir pela força dos acontecimentos, ou de ser a força dos acontecimentos.
As nossas escolhas são antes nossas.
Belo Horizonte, 17 abril 2007
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