SEM SERVENTIA
SEM SERVENTIA
A vida
Convida.
Já a ida
Há de ser
medida.
Contas e números
Vistos e
calculados
Revistos e
pensados
Conferidos.
Sorte e azar
Num mesmo
trafegar
Ido a qualquer
lugar.
Vem novo dia
Respiração que
asfixia
Furor sem
serventia.
Belo Horizonte,
26 outubro 2018
CONTRADIÇÃO
As camisetas que pintei foram todas embora,
sensação esquisita porque é muito provável que eu nunca mais possa vê-las.
Lembrei-me de quando convivia com Maria Helena, artista plástica de ótima
conversa. Certa vez disse-me sentir saudade das telas que pinta. E existem
quadros dela que ficam com ela que não vende por dinheiro nada desse mundo.
Pois comigo trabalho o desapegar porque na
vida tudo passa. Aí lembro-me da amada, saudade vontade de estar com ela agora
neste instante, sem poupar desprezo ao desapegar.
Dá pra viver sem contradição?
Belo Horizonte, 03 fevereiro 2008
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