SEM FINGIR
SEM FINGIR
Já fui menino
Pode não parecer
Para crescer
Muito desatino.
Eis que ouço um hino
Já cantei pra valer
Já fiz muita coisa acontecer
Salada de pepino.
O entardecer no mar
Traz a mim singular
Transpirar.
Sem querer fingir
Preciso ir
De mim não consigo fugir.
Belo Horizonte, 24 setembro 2019
INSTANTE DIVINO
Quando
experimentou o doce de leite fechou os olhos, silencio total. Lábios em leves
movimentos, esforço pra não engolir aquele sabor que provocava a língua a
buscar toda essência do doce no céu da boca.
Hum!
Engoliu
balançando a cabeça levemente, nenhuma palavra, semblante em êxtase. Conseguiu
então balbuciar: - Delicioso... divino... esse sim é um legítimo doce de leite.
Hum!
Olhou
para o vidro ainda aberto, a colher suja e próxima da torneira da pia, não
resistiu. Lavou a colher com todo esmero, enxugou-a bem e querendo a
cumplicidade naquele ato impetuoso exclamou: Não resisto, só mais uma
colherada!
Belo
Horizonte, 17 junho 2013
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