SOPRO
SOPRO
Preciso correr
Porque vai chover
Preciso percorrer
Tempo nublado pra valer.
Vela acesa para celebrar
Com luz a vagar
Passado apagado num soprar
Futuro querendo o acreditar.
Passa dia passa ano
Passa sicrano
Passa fulano.
Chove carinho
Tudo certinho
Sigo meu caminho.
Belo Horizonte, 30 janeiro 2020
ESTRANHEZA
No
silencio da espera mundo de pensamentos passam em forma de sugestões e
projeções sem fim. São maneiras assumidas pelas buscas que voam de lado a outro
como ave querendo pouso. Mas nem sempre é encontrado lugar adequado para bom
pouso. Aí o voo continua desafiando o fôlego e desviando o que antes pretendia
chegar a um lugar que some para que outro apareça.
Mistura
de ideias a vasculharem o que então passa a ser piso de novo caminhar. Formas e
jeitos estranhos flutuam na escuridão dos olhos fechados pela noite em busca de
algum sonho ameno.
No
silencio da espera a paciência começa a ficar inquietada com o passar do tempo
vazio. O que era para acontecer não acontece e isso causa estranheza sem
tamanho.
Belo Horizonte, 13 outubro 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário