BEDELHO
A
liberdade é, sem dúvida, imprescindível em nossas vidas. Posso querer tomar
sorvete guardado no congelador com a mesma liberdade que posso travar este querer
para que ele fique por mais tempo ao meu dispor. Posso sair ou ficar em casa,
posso vestir esta ou aquela roupa com a mesma liberdade que posso escolher se
saio com boné, chapéu, ou nem um, nem outro.
Agora,
quando resolvem meter o bedelho na minha liberdade de ir e vir em nome de uma
prevenção mal explicada, para dizer o mínimo, aí a coisa complica.
Aceitar
a imposição de quem quer adentrar por aspectos pessoais do nosso ser é algo, de
fato, perigosíssimo.
A propósito,
bedelho, para quem não sabe, é uma ferrolho de porta.
Belo Horizonte, 05 maio 2020
AVERIGUANDO
Em
princípio podemos ir para onde quisermos ir, fazer o que quisermos fazer. Temos
em nós a liberdade de pensar e agir, de fechar ou abrir caminhos. Mas quando
fechamos o caminho para onde é que de fato queremos ir?
A
prudência vinda de opiniões e posicionamentos externos será mais importante do
que aquela que compõe nosso interior?
Existem influências a só servirem para nos levar ao precipício das
ilusões. Haverá sensatez em nos entregarmos a considerações desprovidas do que
só nós conseguimos sentir em nós mesmos?
Será
possível acreditar em quem semeia a descrença?
Belo
Horizonte, 02 julho 2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário