EXTERMÍNIO
EXTERMÍNIO
De fato fico meio assustado com o que
passou a ser usual, que é o extermínio completo do contato dito presencial
entre pessoas para acertarem o que fazer. Ficou tudo na base das mensagens,
digitadas ou gravadas, e estamos conversados. A troca de ideias, até mesmo por
telefone, parece estar em singular processo de extinção transformando o ser
humano em mera extensão de recursos tecnológicos, sem reações espontâneas e
imediatas, nem nada.
A pessoa escreve de lá, você escreve de
cá e assim é que então dispensamos o convívio interpessoal que começo a entender
como sendo mesmo uma bobagem. Será?
Melhor é fazer planos em morar na praia
com meu companheiro de todas as horas, o cão Xamã.
Belo Horizonte, 08
outubro 2020
GARFO E COLHER
Pela quietude do viver
Vou aprendendo a ser
Tradutor do meu querer
Vou aprendendo a
crescer.
Viver é aprender
Aprender é viver
Semear e colher
Garfo e colher.
Na onda da praia
Luz que desmaia
Aparição sumária.
Voo transparente
Viver carente
Outro repente.
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