TRISTEZA
TRISTEZA
Tenho ficado sim bastante impressionado
com a postura assumida por tanta gente a não conseguir entender o que sugere
tanta evidência. Gente interpretando o que escapa do óbvio, adentrando por
suposições hipotéticas e não menos desgarradas da simplicidade antes exposta ao
mais elementar entendimento.
Ameaças transitando à luz do dia sem o
menor constrangimento, fazendo com que encaremos como sendo isso muito natural.
A poesia substituída por técnicas espetaculares
e capazes de abrirem oportunidades não menos fenomenais para que venha o
sucesso estéril de uma satisfação embalada pela garantia de prestação de
serviço impecável.
De longe observo o mais solene abandono
ao que antes era feito em carinho hoje, por necessária ação preventiva, está
posto em segundo plano. O ridículo vai assim tomando conta de tudo e todas as
coisas.
Tristeza.
Belo
Horizonte, 16 outubro 2020
CADÊ VOCÊ?
Tudo começa quando pergunto a
mim mesmo: cadê você?
Fico sem entender
questionamento que tanto leva-me a adormecer quanto despertar: cadê você?
Confiro dia e hora passando
por mim e pelo cão que fareja tudo como querendo saber: cadê você?
Mas, não é nada disso. O que
acontece é que sei haver mistério simpático à solta por aí querendo estar
comigo. Não tentarei decifrá-lo agora. Curiosidade vem e grita: cadê você?
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