Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

sábado, 23 de maio de 2009

SEGUNDA CONSULTA

Somos mais desconhecidos de nós mesmos do que pensamos ser
SEGUNDA CONSULTA
O porteiro pede minha identidade confere agradece e lá vou eu no elevador, sala de espera em pensamentos confundidos por hipóteses.
Sou atendido e digo estar bem quando perguntado como tenho passado. Passos levados ao consultório e da janela percebo estar no alto, paisagem derramada ao dispor dos meus olhos silenciosos.
Abro escancaro a boca dentes vistos, revistos, examinados e a periodontista do alto observa paisagem por eles ofertada.
Despedimos vou embora certo de que justo agora ela sabe mais da minha boca do que eu. Por isso devo retornar na semana que vem.
Belo Horizonte, 23 maio 2009
ENTE APARENTE

Meus braços partiram
Pelos pés perdidos
Pela carne desprendida
Deste meu espirito.
Meus lábios cavaram
A sombra que espelho
Pela sugestão qualquer
Deste meu viver.
Meu espirito acontece
Ao testemunho trazido
Pelo que é seu.
Meu viver aparece
Quando de você
Sou aparição.
Belo Horizonte, 12 agosto 1985

17 comentários:

Aline disse...

Últimos versos espetaculares desta poesia.

Vivian disse...

...quando venho aqui
me encanto.

nos dias atuais ir ao dentista
é como ir no cinema...rss

êita tecnologia!
rss

que lindo é você!

bjbj

Marise disse...

Lindos versos.

Meus médicos me conhecem mais que eu mesma, meu dentista a minha boca, e eu a minha alma, me conheço inteira, só por ela.bjs

Daniel Savio disse...

Engraçado que o pedido de quem a gente ama, acaba virando um ordem, mesmo aquele mais simplório...

Fique com Deus, menino Cadinho.
Um abraço.

meus instantes e momentos disse...

muito bom, muito bom
Bom dia amigo.
Maurizio

Eneida Freire disse...

É verdade!
Muitos sabem mais de nós que nós mesmos!
É boa essa reflexão para sabermos que nem de nós mesmos possuímos a verdade absoluta!
Beijo!

Alexandre Olsemann disse...

É bom ler textos que saibam retratar além da "simples" presença corpórea. Gostei.

~*Rebeca*~ disse...

Cadinho,

Ir ao dentista é uma forma de engolir palavras de boca aberta.

Sua poesia é bela!

Maravilhoso final de semana.

Rebeca

-

bia de barros disse...

Gostei da brincadeira de jogar primeiro o real, depois o devaneio - bem mais forte. Pois a vida segue adiante, apesar dos receios de que ela se recheie de conversas de consultorio...

Anônimo disse...

Oi meu querido...!!
Que bom que apareceu para um café junto a um papinho...
Eu diria que sou mil vezes os seus versos ternos do que ir ao dentista...
Beijos, bom domingo nestes dias de sol ameno,
Ana Lúcia.

Fernando Santos (Chana) disse...

Caro amigo, versos espectaculares....
Um abraço

Lilá(s) disse...

E aqui temos uma boa maneira de refletir!!!
Gostei

Palavras Rabiscadas disse...

Um poema complexo, inteligente, cheio de metáforas e muita inspiração... Parabéns! Obrigada pela visita. Abraços.
Marli

Só Não Vendo a Mãe disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Maristella disse...

Passando para desejar tudo de muito bom e desculpa a demora em responder suas palavras bonitas, beijos com carinho, mariii

Simone Anjos disse...

Olá Cadinho,
Obrigada por visitar nosso espaço. Me encantei com o que encontrei aqui, suas poesias, seu trabalho.
Voltarei sempre.
Beijos na Alma,

Bill Falcão disse...

No dentista, ficamos mesmo desarmados, Cadinho!
Se tem uma coisa de que tenho medo, é de dentista!
Aquele abraço!