DO VERSO AO DIVERSO
Série Cadinho de Prosa
dos Folhetos Cadinho RoCo
DO
VERSO AO DIVERSO
Neste mundo em que tudo acontece e pode acontecer, melhor não duvidar, a
prosa se manifesta em versos ou narrativas soltas, assuntos e situações que não
acabam mais. Basta surgir uma correspondência, telefonema ou compromisso vindo
de mero convite pra que encontremos rumo novo ao fazer.
Saudade de algum lugar, vontade de ir ao desconhecido, expectativa de
conseguir realização pretendida, tudo é motivo pra despertar a vida. O que nem
sempre termina em coisa boa, mas se o mal existe, melhor não duvidar, eis que
daí passamos a ter razão a mais para fazer o bem.
Na realidade, sou daqueles que acredita estar o bem sempre acima do mal
e o amor com poder infinitamente maior do que o rancor.
Belo Horizonte, 20
agosto 2013
A TINTA
Sobre o balcão da agência Unibanco do
Mercado Central, uma caneta presa a fina corrente. Sem corrente a caneta some
como que por encanto. Ao invés de usa-la, trato de recorrer à que trago comigo.
Para minha surpresa, tinta acabou. Próximo de mim um funcionário atento ao meu
embaraço. Sua atitude é imediata. Da caneta acorrentada tira a carga com tinta,
substituindo a minha já sem qualquer serventia.
Para pouco dinheiro toda conta é cara.
Ainda assim consigo pagar o que devo. Exausto, agradeço gentileza de tão pronto
atendimento. Ele agora, coloca carga nova na caneta acorrentada.
Para nenhum dinheiro toda conta é
martírio. Mas ainda tenho tinta na caneta.
Belo
Horizonte, 25 setembro 2001
2 comentários:
O amor eleva a alma.
Desejo uma excelente noite pra vc e que amanha o dia chegue lindo e devagar.
|Beijos
r: ahah prefiro a metralhadora xd
Postar um comentário