MESA VAZIA
Tão ruim se sentir distante
MESA VAZIA
Em meio ao silencio
Desfio do vazio
Este instante sombrio
Este estar no frio
Instante que vivencio
E que então alio
Ao dizer do desafio
Sem permitir qualquer desvio.
Em meio à indiferença
Abro meu coração em crença
Transformo ausência em presença
Esquivo-me de qualquer desavença
Para que em mim então vença
O amor que faz toda a diferença.
MESA VAZIA
Em meio ao silencio
Desfio do vazio
Este instante sombrio
Este estar no frio
Instante que vivencio
E que então alio
Ao dizer do desafio
Sem permitir qualquer desvio.
Em meio à indiferença
Abro meu coração em crença
Transformo ausência em presença
Esquivo-me de qualquer desavença
Para que em mim então vença
O amor que faz toda a diferença.
Campos, 16 maio 2010
A ESMOLA
O interessante foi perceber o quanto eu não sabia fazer aquilo. Algo tão simples e ao mesmo tempo tão negado. O hábito da recusa atrofiou o gesto, capturando de mim sentimento e sensibilidade.
Ter e não ter. Ter e não dar. Em resposta, a doação do repúdio a deixar paladar e coração secos. Depois, o esquecimento, a distração e a conseqüência vinda de outra direção, criando espanto, mistério e incompreensão.
Era uma anciã. Ela queria comer um pastel. Pessoa simples, feição sofrida, semblante de abandono. Ela estendeu a mão frágil e com voz enrugada, pediu-me esmola para saciar sua fome. Dei a ela minhas moedas. Dela recebi a graça de arrancar-me da miséria. Ela saciou a sede do meu paladar e do meu coração.
Ter e não ter. Ter e não dar. Em resposta, a doação do repúdio a deixar paladar e coração secos. Depois, o esquecimento, a distração e a conseqüência vinda de outra direção, criando espanto, mistério e incompreensão.
Era uma anciã. Ela queria comer um pastel. Pessoa simples, feição sofrida, semblante de abandono. Ela estendeu a mão frágil e com voz enrugada, pediu-me esmola para saciar sua fome. Dei a ela minhas moedas. Dela recebi a graça de arrancar-me da miséria. Ela saciou a sede do meu paladar e do meu coração.
Belo Horizonte, 20 junho 2001
13 comentários:
O que há de tão belo em estender a mão a teu irmão quando necessita de ti!
O que dói no ser que não é capaz de sentir está tão sublime emoção de saciar-se a si próprio ao estender a mão ao desconhecido irmão!
O que vai dentro de ti ao matar a sede de se descobrir Humano e ser capaz de reconhecer um pouco de si mesmo naquele que a ti pedi ajuda!
Ajuda mais a ti que a ele, alimenta a alma e lava o coração.
Beijo na alma...
Belo poema, bela troca com a anciã, beijocas
Belissímo poema.
Meus aplausos!
continuarei por aqui te lendo...
Beijos
cito:"o interessante foi perceber o quanto eu não sabia fazer aquilo"
sábias considerações perante um mundo em que quase todos achamos tudo sobre todos.
abs
Cara, mas as vezes é necessário um desafio para a gente evoluir (pois nunca tomamos isto por vontade própria)...
E prefiro dar um lanche direto a pessoa, do que dar o dinheiro prontamente.
Fique com Deus, menino Cadinho.
Um abraço.
Realmente o amor faz toda a diferença, digo isso com relação aos dois poemas.
BeijooO'
...mesa vazia não.
repleta de poesia!
bj, generoso coração!
ajudar ao próximo ajuda mto mais a nós mesmos...
/(,")\\
./_\\. Beijossssssssss
_| |_................
Meu querido amigo
Lindo poema...adorei.
Abro meu coração em crença
Transformo ausência em presença
Esquivo-me de qualquer desavença
Para que em mim então vença
O amor que faz toda a diferença.
Faz mesmo...sem amor é silêncio ausência.
Beijinhos
Sonhadora
... " dei a ela minhas moedas . Dreça recebi a graça de arrancar=me da miséria."
Aí está a razão de doar .
Lindo e pra refletir.
abraços
obrigada pela mesa nao vazia.
Adorei o poema, Cadinho. Retrato perfeito da solidão... Como uma mesa vazia pode doer tanto.
...
Passe lá no meu blog e deixe seu comentário!!!
o vazio o vazio
as vezes fico eu completo de vazio.
Oi Cadinho belos poemas, porém uma mesa vazia de certo é muito triste. Vou me corrigir a mesa vazia não, a solidão quando nào desejada é triste.
Um beijo
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