BICICLETA MARIETA

Gracinha a Bicicleta Marieta

BICICLETA MARIETA

Negócio fechado fico com a bicicleta mais confortável, mais moderna, mais leve e com bom preço. Trato de batizá-la com o nome da amada Marieta que é também agente de vendas dos painéis que pinto, óleo sobre telas.

Marieta é leve, ágil, vistosa e macia. Passeio com ela pelas ruas e avenidas de Grussaí feliz da vida. Marieta é esperta e se eu quiser posso dar a ela velocidade bem interessante.

Grussaí, 31 agosto 2011

MUITO FELIZ

Estou muito feliz com a chegada do Jota em minha casa, cão boxer meu novo companheiro. E foi muito interessante nossa primeira caminhada pelas ruas da cidade, porque ele mostrou-se espantadíssimo com o movimento dos carros, barulho de tantos motores, gente olhando de lado pra ele. Só que do espanto dele eis que percebi eu numa mesma situação. Isto porque se bem observarmos, vivemos em meio a verdadeira balbúrdia marcada exatamente por ruas estreitas e cercadas por paredes muros portões prédios e com o fluxo sólido e pesado de seres metálicos por demais estranhos à anatomia proposta pela natureza bruta das coisas todas.

O Jota mostrou-me, ao seu jeito, o quanto somos levados por rotina tão alucinada quanto de fato assustadora.

Belo Horizonte, 05 agosto 2008

RECONHECIMENTO

Na beira do mar o mundo é outro

RECONHECIMENTO

No silencio de mim mesmo contemplo a vida diante do mar, diante da manhã que passa em vento forte. Busco sentido de tudo que faço, penso no tanto que tenho por fazer, na necessidade do ganho.

Preciso ganhat dinheiro pra sobreviver, dar sustento ao que não tenho como prescindir. Trabalho duro dia após dia, na esperança de obter reconhecimento mais que fundamental.

Grussaí, 30 agosto 2011

QUIETINHA

Disse nada estava sem voz. A camiseta muda diante dos meus olhos. Nenhum ruído no fundo do mar da camiseta no céu da divagação.

Mistura de tudo no agora passado futuro, depois de amanhã é mais que outro dia é outro mês ano novo. E a camiseta pinta pincel tinta confusão e sensações em cores que atravessam coleção de dias num ano que já passou sem passar. O tempo diz que camiseta tem o que dizer. E do estranho suceder de cada instante, formas pintadas na camiseta que vai para o ano que vem quietinha quietinha.

Belo Horizonte, 30 dezembro 2008

PAPPEANDO III

Muito legal esse projeto Pappeando

PAPPEANDO III

Pra fechar conversa o Pappeando III agradece presença de todos, entre eles Dr. Guilherme, os irmãos Paulo e Fernando Vasconcelos Cordeiro, Vitor Almeida, Márcio Araujo, Ana Maria, esposa do Chico Terra, e do Padre Paulo Henrique.

Não posso deixar de registrar aparição do Dr. Serjão, que anunciou estar sua mulinha numa maravilha só e que por isso já foi batizada com nome: Minha Lôra. É que a bichinha é toda loirinha mesmo.

Dito o que dito está despeço na expectativa de contar com todos para o nosso próximo Pappeando IV.

Grussaí, 29 agosto 2011

COISA PUXA OUTRA

Basta que um minúsculo fio não faça contato para que a lâmpada não acenda. É um detalhe que pode transformar o claro no escuro. E assim é que infinitas coisas na vida de qualquer um de nós acontece. Basta faltar uma palavra para que a desavença venha com tudo. Falta ou sobra, porque há também ocasião em que por falar muito é que a conversa desanda.

Mas, é a tal coisa; tudo tem seu tempo e lugar adequado. Não tivesse eu quebrado duas lâmpadas, sem querer, não estaria agora com um abajur novo. Isso porque coisa puxa outra e o abajur antigo, de velho e precário passou a rejeitar as lâmpadas.

Belo Horizonte, 21 dezembro 2008

PARCERIA E PARTICIPAÇÃO

Muito bom trabalhar em parceria

PARCERIA E PARTICIPAÇÃO

A beleza do Pappeando III está mesmo é no jeito como este evento cresce a cada mês, idealizado pelo Diretor do Pappel, Gervásio Cordeiro Filho. Hoje o Pappeando conta com a parceria do Blog http://sociedadeblog.blogspot.com/ criado em 01/01/2009 pelo jornalista Gustavo Rangel, Gervásio Cordeiro Neto e que conta, entre outros colaboradores, com a participação da nossa estimada e aplaudida Walnize Carvalho.

Registramos também no Pappeando III a presença do Grupo Arquitetura do Samba e do compositor Johnny do Pagode, moçada que está sempre no Samba do Mercado, idealizado pelo produtor, nosso estimado fotógrafo, Kanal.

Grussaí, 28 agosto 2011

SÓ VENDO

O mundo dá voltas sei disso e até posso sentir isso em alguns momentos não menos interessantes. É que entre acontecimento e outro eis que surge aquele objeto, ou aquela pessoa, ou até mesmo aquela notícia de que o que um dia passou por sua cabeça foi embora para aparecer assim de um repente qualquer.

Antes, confesso, ficava até irritado com isso. Hoje não, nem ligo coisa com outra. Deixo pra lá porque no mais das vezes, para ser verdadeiro mesmo, foi melhor não acontecer aquilo que ambicionei por ingenuidade que parece ser eterna companheira da minha vida. Nesse caso escapo evito porque de tanto aturar bobajada fiquei enojado. Isto porque o que tem de homem executivo bobo por aí, não está escrito. Ganham bom dinheiro, aparecem em atendimento a uma vaidade não menos ridícula e assim levam suas vidas. Elas lá eu cá, porque de papo ruim estou farto. Prefiro, de longe, o silencio das camisetas que pinto numa felicidade que só vendo pra acreditar.

Belo Horizonte, 18 dezembro 2008

CONTRADITÓRIO

É pela troca de idéias que chegamos a lugares extraordinários

CONTRADITÓRIO

Outro acontecimento vindo da Mesa da Benção para o Pappeando III está relacionado à vinda da escritora Walnize Carvalho que nos trouxe versão de onde surgiu nome da tão famosa Avenida Pelinca, em Campos.

Do livro “Cyclo Áureo – História do 1º Centenário de Campos – 1835-1935”, escrito por Horácio Sousa, constata-se que a Avenida passou a chamar-se Pelinca em homenagem ao Vigário Luiz Nobre Pelinca que tinha uma chácara na região, famosa por abrigar enorme variedade de pássaros e bichos diversos.

Da explicação trazida por Walnize, o Professor Paulo Vizela pediu permissão para contraditar dizendo haver versão popular que dá conta de um tal Pai de Santo Pelinca que poderá ter inspirado nome dado à famosa avenida.

Fica a questão em aberto para novas consultas e manifestações a esse tema proposto pela Mesa da Benção e trazido ao Pappeando III.

Walnize Carvalho é escritora, poetisa e cronista do Jornal O Diário. Suas crônicas são publicadas aos sábados no Caderno Opinião do referido jornal.

Grussaí, 27 agosto 2011

AMARGO

Ontem eu queria comprar queijo e não comprei. É que o queijo acabou e por isso pensei em comprar outro. Queijo parmesão porque aprecio seu sabor acompanhado por cerveja bem gelada. Comprei a cerveja, mas não comprei o queijo. É que o dia ficou atrapalhado e quando lembrei, passou. Queijo parmesão que gosto de comprar no Mercado Central. Mas não fui ao Mercado Central e por não ter ido não comprei o queijo que queria e ainda quero comprar.

Passo o dia com o queijo em pensamento porque não fui lá busca-lo. Ou então pensei no que não fiz e isso deu voltas ao meu pensar, tal como um queijo parmesão. Sede de cerveja gelada. Tenho a cerveja ao meu alcance, o queijo não.

Faço hoje o que não fiz, porque não dá pra deixar sempre o fazer para amanhã.

O queijo parmesão é bom, mas o sabor do não ter como fazer é amargo.

Belo Horizonte, 09 dezembro 2008