ANORMAL
Roberto Drummond, autor de
Hilda Furacão, traz a mim boas lembranças
ANORMAL
Hoje quando caminho em Belo Horizonte - BH
não percebo nada de extraordinário. Deparo com alguns protestos pouco
criativos, com propostas que não chegam a me empolgar tanto, com projetos
sociais assim meio sombrios, sei lá.
Tenho a sensação de viver hoje em uma BH
bem comportada, a despeito de tantos assaltos, de tanta violência. Mas a cidade
parece cercada de regras por todos os lados.
Deixamos de poder ser e fazer um monte de
coisas. Passamos a ficar reféns de um monte de limitações para o que dizem ser
o bem comum. Fiscalização de tudo quanto é jeito, proibições diversas e ameaças
que impõem leis e mandos que por vezes chegam a nos surpreender.
Não sei o que acontece com tanta
necessidade de se ditar tanta norma. Talvez seja por isso é que cada vez mais
sinto ser eu um sujeito um tanto anormal.
Belo Horizonte, 15 fevereiro 2013
ROBERTO
FURACÃO
Ao conceder entrevista para a “87,9 -
Acertei no Dial - A Rádio de Lourdes”, o escritor Roberto Drummond fez uma
abordagem importantíssima, que merece ser levada a sério, divulgada e, lógico,
efetivada.
Ao comentar sobre Belo Horizonte, o autor
tratou de enfatizar a importância que a cidade deve dar aos seus lugares
servidos como referência histórica e que ficam perdidos, ou entregues ao
esquecimento. Casas, ruas, esquinas, avenidas, viadutos e bairros transformados
em verdadeiros marcos anônimos da cidade, que necessitam de uma referência. Uma
placa explicativa, um monumento ou qualquer outra forma de dar o devido
destaque a esses endereços inseridos à cultura de Belo Horizonte.
Por mais que isso seja feito, nunca será
demais estarmos atentos a esse procedimento tão bem lembrado pelo Roberto
Drummond.
Aí, surge a fada citando carinhosamente o
Roberto Drummond como o Roberto Furacão, autor de tão intensas paixões.
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