Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

SOLTO



Bom trabalhar solto
SOLTO
     Já pensei em fazer muitos programas de rádio e televisão. Já fiz alguns, apresentei outros, participei de lançamentos e fiz parte de equipes em transmissões diversas. Hoje não sei se penso num programa de televisão, de rádio, ou se imagino participação aleatória nas programações de rádio e televisão.
     O que quero dizer é que considero simpática a ideia de adentrar pelos horários dedicados aos comerciais com mensagens curtas, rápidas, simples e objetivas. Espécie de expediente pra quebrar sucessão de anúncios com um dizer que estará valorizando mais o tal horário tido como intervalo comercial.
    Quando digo isso o outro já quer saber mais, como fazer pra que essa coisa funcione e tal e tal. E a coisa, ao meu pensar, começa a funcionar assim mesmo, desse jeito, com dizer dessas palavras, com conteúdo dessa leitura. Sonho em poder emancipar os Folhetos Cadinho RoCo exatamente assim, num relacionamento simples, sincero, desprendido de regras e fórmulas que pra mim só funcionam para artificializar o que não quero artificializado.
Belo Horizonte, 13 fevereiro 2013
“OVO MOLENGA”
     Simone e Murilo chegaram da pescaria. Fazia calor e a tarde ia desaparecendo sem pressa. No Colúmbia, o bar vivia momento de mansidão. Era cedo ainda para aquele sábado livre de compromissos.
     Simone disse estar com fome. Da pescaria sem almoço, Murilo pede o cardápio. Carnes de frango, boi e peixe. Molhos e guarnições ao dispor do paladar manifestado pelo casal. Tudo certo, tudo escolhido. Pediram o que queriam comer, fazendo algumas breves recomendações de como queriam o serviço. Até que o Murilo manifestou vontade de comer um ovo frito. Mas tinha que ser um “ovo molenga”, frisou bem o grande herói das pescarias.
     A fada demonstrou surpresa, mesmo sem aparecer para os ocupantes daquela mesa. E quase suspirando, quis saber de mim qual era o apetite do poeta naquele sábado encantado.
Belo Horizonte, 17 outubro 1999

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