COM JEITO
Sem jeito não tem jeito
COM JEITO
Do calor da conversa a vontade de saber mais porque se tem coisa que
mineiro gosta de fazer, essa coisa é assuntar. Lógico que estender assunto com
aquele jeito assim meio que querendo pisar sem arriscar o passo. Vem pergunta
daqui, vai resposta dali e o dito cai no não dito que é sombra e onde há sombra
pode ser que também haja luz.
No verdadeiro entender da prosa, quando querer passa por necessidade
melhor é observar qual onça no mato, com atenção escondida e pronta pra saltar
por conta do favorecimento da ocasião. Fazer mais que isso é assanhar canto
errado, é cair na boca da fera, é fazer festa pra cachorro morto.
Prosa ruim leva ninguém a lugar nenhum.
Belo
Horizonte, 14 março 2013
VOANDO NO
MAR
Aí, fiquei pensando na praia. No verão,
sempre penso na praia. No inverno, continuo pensando na praia. Entre as flores
da primavera, a praia também aparece em meus pensamentos.
Para simplificar, penso sempre na praia
que inunda os meus sonhos atordoados por esse verdadeiro oceano de pensamentos.
E como o oceano, eis que encontro-me entre misteriosas marés a provocarem o meu
espirito exposto à calmaria e à ressaca. Tudo porque as situações vão sendo
modificadas aos ventos também mutáveis.
Agora mesmo, imagino o meu estar no mar.
Está bem, que eu esteja na praia. Fazendo o quê? Talvez pensando na vida, ou
nas possibilidades da vida. Aí, esbarro nas impossibilidades tão bem narradas
pelos sonhos a não pouparem o querer lançado ao mar.
Mas estou na praia que parece fugir dos
meus pés.
Opa! Será que estou voando?
Belo
Horizonte, 07 janeiro 2000
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