Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

segunda-feira, 18 de março de 2013

INTRIGANTE



Conversa de neta pra avó, por vezes provoca nó no pensamento

INTRIGANTE

     A questão da fé é tão vasta quanto forte, tão pessoal quanto misteriosa.

     Neta pergunta pra avó se ela é rica. A avó responde que não, neta quer saber se ela então é pobre. Avó explica que não chega a ser rica com todo esplendor da palavra, mas que também não chega a ser tão pobre que a coloque em dificuldade maior.

     Entre pobreza e riqueza há aquela condição a nos permitir abundância proposta pela fé que enriquece o nosso ser enquanto humanos fazendo com que não fiquemos empobrecidos pelo que nos desumaniza.

     Neta quer saber sobre o dinheiro e avó diz que aí caso é outro, assunto pra outra prosa. Neta fica intrigada com o que ouve.

Belo Horizonte, 18 março 2013

CHUVAS DE VERÃO

     Chuvas de verão. Elas são lindas e cruéis ao mesmo tempo. Refrescantes e desesperadoras ao mesmo tempo. Surpreendentes e possantes ao mesmo tempo.

     Na sutileza do cotidiano, o bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, é região habitada por um sem número de árvores. E no silencio de suas imponentes presenças, o tingir discreto de uma euforia que celebra as chuvas de verão.

     Na Rua Tomás Antônio Gonzaga, quase esquina da Bárbara Heliodora, uma árvore. De um galho amputado do seu tronco, o nascer de viçosos ramos. Lá está o Madureira, para observar com toda emoção, esse gracioso mistério da vida. Daquele pedaço feito em cicatriz, o brotar de um novo pedaço daquela árvore.

     Por não ser um poeta, o Madureira admira a poesia criada pela árvore que parece compensar a saudade, fazendo do seu tronco a raiz de novos galhos a pretenderem da luz, o desenho de novas sombras. Tudo porque as chuvas de verão, não secam a vontade das árvores.

Belo Horizonte, 07 fevereiro 2000

Um comentário:

Marilu disse...

Querido amigo,
Façamos como as árvores
nesta nova estação de outono,
que se despem das folhas
mortas.
Temos que nos despir de
todas as mágoas, tristezas,
incertezas, desamor.
Vamos abrir nosso coração
enchê-lo de amor, amizade,
solidariedade.
Quando a primavera chegar
estaremos prontos a
encher nossos jardins de
flores de esperança.
Beijokas