DISTINGUINDO
Série Cadinho de
Prosa dos Folhetos Cadinho RoCo
DISTINGUINDO
A fé não é um bem que se
adquire pra ser guardado e usado em determinadas ocasiões.
A fé não é aquele doce em
calda que você por certo comprará de mim para adocicar o seu paladar.
A fé é alimento para o
espírito cuja doçura se faz plena em consistência superior a toda e qualquer
guloseima. Essa doçura ida ao além dos sentidos gustativos é que nos mostra o
caminho da fé.
Não há como, para quem de
fato sente a virtude da fé, deixa-la de lado em nenhum momento, porque ela se
equivale a cada batida do nosso coração, a cada inspirada de ar vital pra nós.
Por isso é que viver sem
fé é o mesmo que vagar por aí sob a total escravidão imposta pela dúvida e pelo
medo.
Belo Horizonte, 12 junho 2013
INDO EMBORA
Um dia ganhei um par de canetas. Uma delas
desapareceu como que por encanto. A pessoa que presenteou-me com o par de
canetas, mulher encantadora, foi embora. Dia desses ela telefonou-me, querendo
notícia. Conversamos o suficiente para sabermos o que temos feito da vida. Ela
foi embora novamente.
Comigo, a caneta que passeia pelo papel, deixando o rastro da minha
caligrafia. Tenho a sensação de também estar indo embora com as palavras.
Nem sei se estou aqui.
Belo Horizonte, 20 janeiro 2001
2 comentários:
Meu pai dizia:- Não sei se há fé de menos ou fé de mais.
Oi, Cadinho! Obrigada pelo comentário sobre a crônica Bodas e Desbodas. Também acredito no casamento, afinal estou casada há 23 anos, mas sei que muita gente não acerta de primeira. Abraço!
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