PROSA POÉTICA
Série Cadinho de
Prosa dos Folhetos Cadinho RoCo
PROSA POÉTICA
Locutor não é ator, que
não é escritor, que não é diretor, que não é produtor, que não é empregador,
que não é cantor que pode até ser um sonhador.
Ser o que não é pode até
sugerir alguma tentação porque mundo e vida estão sempre nessa mistura de
buscas e tentativas sem fim.
Cada pedra é uma pedra,
mas quando assunto é ouro menino, aí pedra é chamada de pepita. E o que tem de
pepita de ouro nesse mundo pode ser comparado sim ao que tem de sonho escondido
em cada um de nós, porque homem que não sonha não vive e sem vida o sujeito não
passa de um ser morto.
Simples e bom mesmo é a
gente ser o que é sem querer exagerar na ambição porque quando sonho cresce
demais, realidade trata de mostrar revolta.
Belo Horizonte, 06
junho 2013
ESCULTURA DA ESPERANÇA
Um
verdadeiro símbolo natural. Uma presença viva, celebrando a vida.
A
árvore tombou. Caiu talvez pela ação de um raio. Um relâmpago fulminante ou uma
feroz tempestade. Ou ainda, abatida por algum vendaval. O fato é que a árvore
foi derrubada, como pode-se perceber com toda evidência, na praça Marília de
Dirceu, à margem da rua que também traz o nome da eterna noiva e musa do poeta
Gonzaga.
Mesmo vítima desse verdadeiro atentado, a árvore ainda que desmoronada,
resiste. Do seu tronco rijo e espesso, sinal de vida. E a árvore cresce impondo
ao tempo a presença de novos galhos, de novo florescer.
Um
verdadeiro símbolo natural da esperança. Uma verdadeira obra de arte.
Na
praça Marília de Dirceu, em Belo Horizonte, a presença da árvore que reconheço
sem qualquer autoridade, mas com todo carinho,
como sendo a Escultura da Esperança.
Belo Horizonte, 10 dezembro 2000
Um comentário:
"Quando sonho cresce demais, realidade trata de mostrar revolta" é uma frase muito especial. Parabéns!
Postar um comentário