Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

quinta-feira, 6 de junho de 2013

PROSA POÉTICA



Série Cadinho de Prosa dos Folhetos Cadinho RoCo
PROSA POÉTICA
     Locutor não é ator, que não é escritor, que não é diretor, que não é produtor, que não é empregador, que não é cantor que pode até ser um sonhador.
     Ser o que não é pode até sugerir alguma tentação porque mundo e vida estão sempre nessa mistura de buscas e tentativas sem fim.
     Cada pedra é uma pedra, mas quando assunto é ouro menino, aí pedra é chamada de pepita. E o que tem de pepita de ouro nesse mundo pode ser comparado sim ao que tem de sonho escondido em cada um de nós, porque homem que não sonha não vive e sem vida o sujeito não passa de um ser morto.
     Simples e bom mesmo é a gente ser o que é sem querer exagerar na ambição porque quando sonho cresce demais, realidade trata de mostrar revolta.
Belo Horizonte, 06 junho 2013
ESCULTURA DA ESPERANÇA
     Um verdadeiro símbolo natural. Uma presença viva, celebrando a vida.
     A árvore tombou. Caiu talvez pela ação de um raio. Um relâmpago fulminante ou uma feroz tempestade. Ou ainda, abatida por algum vendaval. O fato é que a árvore foi derrubada, como pode-se perceber com toda evidência, na praça Marília de Dirceu, à margem da rua que também traz o nome da eterna noiva e musa do poeta Gonzaga.
     Mesmo vítima desse verdadeiro atentado, a árvore ainda que desmoronada, resiste. Do seu tronco rijo e espesso, sinal de vida. E a árvore cresce impondo ao tempo a presença de novos galhos, de novo florescer.
     Um verdadeiro símbolo natural da esperança. Uma verdadeira obra de arte.
     Na praça Marília de Dirceu, em Belo Horizonte, a presença da árvore que reconheço sem qualquer autoridade, mas com todo carinho,  como sendo a Escultura da Esperança.
Belo Horizonte, 10 dezembro 2000

Um comentário:

Carla Ceres disse...

"Quando sonho cresce demais, realidade trata de mostrar revolta" é uma frase muito especial. Parabéns!