Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

quarta-feira, 26 de junho de 2013

TERNURA


Série Cadinho de Prosa dos Folhetos Cadinho RoCo

TERNURA
     Uma vez possuído por enorme vaziez, eis que ela surge de maneira luminosa a trazer alento ao meu pensar. Não quer que eu cite seu nome, não quer que eu fique exposto à desventura, nãoquer que eu me entregue à servidão de conclusões a travarem meu crescimento espiritual.
     João da Barra diz haver nela doçura de alguém que pelo amor pleno consegue nos transmitir o que de fato exubera a nossa vida, sem se afligir com o que da realidade insiste em nos remeter a interesses e intenções a só contribuírem para o pesar que de fato nos asfixia.
     Dos doces caseiros que tenho pra vender, ela diz para que eu não faça deles a minha aflição. Crescemos para a liberdade e não para a escravidão do que só faz impor limites sobre nós.

Belo Horizonte, 26 junho 2013

VIAJANTE DE PASSAGEM
     Creio que nunca esquecerei daquela enorme mesa decorada com tamanha variedade de queijos, todos produzidos naquela região. Eu estava no Serro, um dos graciosos berços das Minas Gerais.
     Era uma casa antiga, com móveis antigos, com uma quietude antiga, com um cuidado antigo e descansado naquele banco, pesado por século de existência. Pães de queijo e um café com sabor histórico. Tudo de um tempo contado por vasos a exalarem a juventude de flores tingidas por amores passados e restaurados por pétalas de esperança.
     Os queijos, deliciosos. A casa, maravilhosa. O Serro, apaixonante.
     Eu estava ali, viajante de passagem. Chegava de rápida ida a Sabinópolis, que agora surge alegre em minha lembrança. As flores daqueles vasos parecem acenar pra mim. Mas não estou no Serro.
     Estarei em Sabinópolis?

Belo Horizonte, 27 fevereiro 2001

5 comentários:

Anônimo disse...

Quanta ternura em suas doces lembranças. Nossa Minas Gerais é apaixonante. Me sinto em casa quando venho te ler e encontro aqui as delicias das belas cidades mineiras. E este cafezinho com pão de queijo deu água na boca!
Um bom dia pra você
Um abraço

Carla Ceres disse...

Adoro araucárias. :) Abraço!

http://odeclinardosonhos.blogspot.com disse...

As recordações permanecem na nossa alma...
às vezes elas são boas e parece que eternizam momentos vividos, outras vezes são só isso: recordações...
beijo
anacosta

Camila Monteiro disse...

Café com sabor histórico!

Amo café! Adorei a postagem!

Beijos!

Ana Bailune disse...

Boa tarde, cadinho. Lembranças que chegam de leve, e aos poucos, vão tomando conta do coração e dos momentos. Belo post!