VIBRAÇÃO E FORÇA
SÉRIE
XAMÃ
FOLHETOS
CADINHO ROCO
VIBRAÇÃO E FORÇA
É inevitável deixar de pensar no
estrangeiro quando então pinto painéis, óleo sobre telas, que seguirão para a
Alemanha. Digo isso porque não há como trabalhar com arte sem dar a ela vínculo
com o que pensamos e sentimos. Aliás, não há como perceber a arte sem nos
colocarmos diante da realidade que vivemos e sentimos fazer parte de nós.
Xamã, cão pastor alemão, fareja traços de
sua origem na Alemanha e, por consequência, no trabalho que realizo sob sua
espontânea guarda.
É assim que nesse conjunto de coisas e
situações que a arte se manifesta em vibração e força.
Belo Horizonte, 25 agosto 2014
ESPAÇO EXPOSTO
No princípio tudo parecia calmo muito
calmo. Havia sim, inocência de uma alegria qualquer, brincadeira de palavras a
buscarem idéias e intenções. Mas, do vazio das coisas a necessidade de
preenchimento qualquer. E de cada necessidade nossa, contradições que afirmam
sermos mesmo contraditórios.
Acordo muito cedo e saio por aí deixando
como rastro, folhetos que escrevo. Eles representam sementes, esperança de um
plantio que quer precisa colher o fruto patrocínio alimento de sobrevivência. O
dia parece acordado, mas ainda com vontade de ser dia, na presença dela que
surge do mais inesperado dos lugares. Sua imagem, traduzida pela mesma sensação
de distância antes sentida, não esconde delicada reação de surpresa. No
silencio espaço exposto entre nós, reconhecemos nossos seres.
Belo
Horizonte, 26 abril 2005
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