ARTE ESPONTÂNEA
SÉRIE XAMÃ
FOLHETOS CADINHO ROCO
ARTE ESPONTÂNEA
Xamã salta em meu peito com suas patas
dianteiras sujas de barro deixando marca sobre camiseta branca. Tudo rápido e
forte, troca de olhares entendo de imediato o que fez e transmitiu Xamã que late
querendo alguma reação verbal minha. Digo para o bicho ficar quieto, observo
rastro do barro pelas patas, cão espera por minha conclusão. Entendi.
Isso é uma pintura! Gravo na memória
imagem deixada pelas patas do Xamã, preciso pensar, meditar sobre ela, ele
assimila meu raciocínio.
Passo dias e noites no rebuscar daquela
que é muito mais do que uma mancha.
Indescritível a satisfação do Xamã ao ver
seu nome assinado conferindo autoria do que, na verdade, é sua primeira obra de
arte.
Belo Horizonte,
16 fevereiro 2015
JEITO SAGRADO
A gente vive a gente faz a gente busca a
gente encontra. E tem surpresa no caminho, aceno de querer bem a então dar rumo
novo ao realizar.
Aparece novidade, jeito de início bom
tendo até presença do Sagrado, sempre mais para o acreditar do que para a
evidência. Mas é assim mesmo o pronunciar de cada coisa a querer exigir antes,
atitude iniciativa nossa, para que vontade ensine o fazer a realizar.
Belo
Horizonte, 22 novembro 2006
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