Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

sábado, 4 de abril de 2015

PLENITUDE



SÉRIE XAMÃ dos
FOLHETOS CADINHO ROCO
PLENITUDE
     Xamã pode até não saber o que é, mas percebe com muita astúcia o fluir do amor.
     Dos trezentos botões daquele vestido nupcial e da presença dos noivos o amor percorre com plena liberdade transformando corpos em movimentos e narrativas a nos abotoarem e desabotoarem para a vida.
     É da nudez que surge a união, é da união que surge o nascimento, é do nascimento quer surgem os botões brotados da semente do amor.
     É pelo amor que a vida encontra o sentido da sua plenitude.
Belo Horizonte, 04 abril 2015
VISTO AGORA
     Passamos por caminhos estranhos e quando damos por isso, por muitas vezes nem sabemos o que nos induziu a eles.
     Criamos relações estranhas e em circunstâncias tão inexplicáveis, que quando nos damos conta, eis que chegamos onde chegamos.
     Interessante perceber tanta atitude a colocar-se no futuro, a acertar ajeitar tudo para que em tal dia isto venha acontecer. Interessante estampar a vida para o previsível do previsível chegando até a preparar-se para este aquele imprevisto. É tão bom e tão prudente ser assim. Só que aí a surpresa perde a graça. Mas haverá graça naquela surpresa outra que cobra de nós o que não temos?
     É estranho pensar em ser assim ou de qualquer outra maneira. Pensar é algo estranho. Pensar no ser que somos, mais estranho ainda. Mas o que não é estranho?
Belo Horizonte, 23 abril 2007   

2 comentários:

CÉU disse...

Não sei se a vida é complicada, estranha, ou se seremos nós que a complicamos.

Páscoa feliz!

Graça Pires disse...

Somos nós que estranhamos tudo. O se Xamã que diga...
Beijo e boa Páscoa.