PLENITUDE
SÉRIE XAMÃ dos
FOLHETOS CADINHO ROCO
PLENITUDE
Xamã
pode até não saber o que é, mas percebe com muita astúcia o fluir do amor.
Dos
trezentos botões daquele vestido nupcial e da presença dos noivos o amor
percorre com plena liberdade transformando corpos em movimentos e narrativas a
nos abotoarem e desabotoarem para a vida.
É da
nudez que surge a união, é da união que surge o nascimento, é do nascimento
quer surgem os botões brotados da semente do amor.
É pelo
amor que a vida encontra o sentido da sua plenitude.
Belo Horizonte, 04 abril 2015
VISTO AGORA
Passamos por caminhos estranhos
e quando damos por isso, por muitas vezes nem sabemos o que nos induziu a eles.
Criamos relações estranhas e em
circunstâncias tão inexplicáveis, que quando nos damos conta, eis que chegamos
onde chegamos.
Interessante perceber tanta
atitude a colocar-se no futuro, a acertar ajeitar tudo para que em tal dia isto
venha acontecer. Interessante estampar a vida para o previsível do previsível
chegando até a preparar-se para este aquele imprevisto. É tão bom e tão prudente
ser assim. Só que aí a surpresa perde a graça. Mas haverá graça naquela
surpresa outra que cobra de nós o que não temos?
É estranho pensar em ser assim
ou de qualquer outra maneira. Pensar é algo estranho. Pensar no ser que somos,
mais estranho ainda. Mas o que não é estranho?
Belo Horizonte, 23 abril 2007
2 comentários:
Não sei se a vida é complicada, estranha, ou se seremos nós que a complicamos.
Páscoa feliz!
Somos nós que estranhamos tudo. O se Xamã que diga...
Beijo e boa Páscoa.
Postar um comentário