ARTIFICIALIDADE
SÉRIE XAMÃ
FOLHETOS CADINHO
ROCO
ARTIFICIALIDADE
Em princípio a
conversa é muito simples porque isso é só o princípio. Depois a conversa vai se
complicando porque isso é só o depois.
Há uma tremenda
semelhança em certas ocasiões e posicionamentos porque há espalhada por aí
coleção de receitas adotadas por um monte de gente. Aí fica tudo entregue a uma
artificialidade que mais tarde irá cobrar resultado e aí é que vem a
necessidade de haver postura sincera.
A sinceridade não
admite cópia e para embaraçar mais a coisa, o resultado do nosso agir também
não se mostra comprometido com aqueles velhos e impotentes artifícios.
Por força da sua
personalidade, Xamã não copia nada de ninguém.
Belo Horizonte, 18 maio 2015
ATITUDE FELIZ
Concedeu-me sua atenção, passou comigo por
aquelas prateleiras todas até chegar onde estava o que eu procurava. Foi
atenciosa, solícita, atenta.
Morena alta encorpada, riso largo e com
disposição de exuberar a manhã inteira. Vendedora? Nada disso. Ela estava
sentada no caixa quando cheguei, porque o seu trabalho é o de somar, cobrar,
receber e despachar freguesia. Mas, em face do pouco movimento, agiu em sentido
contrário. Tratou de recepcionar porque também havia outro caixa disponível.
Assim é que esbarramos no que reconheço
como alegria de ser estar. E não tenho dúvida em afirmar que o trabalho desta
funcionária está desperdiçado, porque na tal loja drogaria deve haver um
gerente escondido em sua burocracia a deixar de fazer o que a outra faz com
simpatia própria de quem traz a força de eficaz desprendimento.
Belo Horizonte, 19 agosto 2007
4 comentários:
Passando para lhe desejar um ótimo dia =)
Vim agradecer e desejar lindo dia e semana!abraços,chica
Creio que nunca se inicia uma conversa com exposição extrema. Daí, parecer ela superficial.
A vendedora que mencionou é das poucas que encontramos. Atualmente, parecem-me todas sem estímulo para o trabalho que executam.
É bem verdade! A personalidade mora na originalidade.
A cópia é apenas uma sombra daquilo que verdadeiramente não é...
Brilhantes ambos os textos...
Abraço
Ana
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