CADEIRA VIVA
SÉRIE XAMÃ dos
FOLHETOS CADINHO ROCO
CADEIRA
VIVA
Uma cadeira nova pode trazer consigo
história muito marcante e, com um pouco de sorte, linda e eterna. Por isso é
que não se deve desprezar a aquisição de uma cadeira a compor ambiente do nosso
cotidiano, do nosso teto, da nossa família.
Naquela cadeira ali, por exemplo, vi muita
gente sentar. Mas ninguém se mostra mais vivo naquela cadeira que meu pai já
desprovido de presença física para sentar nela. Mas a cadeira permanece ali,
tão viva quanto ele em minha memória que Xamã consegue farejar.
Belo
Horizonte, 28 maio 2015
ELA
É...
Para minha plena total surpresa, eis que descubro ser a Érika exímia
trapezista. É isso sim. A Érika, quem diria, traz consigo a magia circense em
fantásticas acrobacias a deslizarem pelo tempo espaço cenário de vôos
sustentados por impressionante precisão. E tem mais.
É que fico sabendo ser a Érika trapezista tão excepcional, que seu
trapézio ostenta barra de ouro maciço sim senhor(a). Não é brincadeira. É algo
que ela traz da sua infância adolescência, quando então iniciou-se na arte dos
saltos.
Sempre fui fascinado por toda aquela movimentação dos circos. Razão
porque posso entender não ter antes identificado a Érika nessa relação que há
entre artista e pessoa. Isto porque ao apresentar-se, além da maquiagem, que
transforma um bocado o semblante, acontece o desvio da atenção entregue à
expectativa dos acontecimentos, em particular quando surge o perigoso salto
mortal. Aí sim é que a Érika mostra toda sua versatilidade. Ela faz da força da
gravidade brinquedo ao dispor do seu corpo elástico.
Que maravilha poder sentir o suor calor transferido ao aplauso que Érika
agradece ao saltar da rede para o picadeiro solo para seus tão delicados
passos.
Belo Horizonte, 19 setembro 2007
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