Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

quinta-feira, 4 de junho de 2015

DUAS FACES



SÉRIE XAMÃ dos
FOLHETOS CADINHO ROCO
DUAS FACES
    João da Barra não é homem envolvido com questões relacionadas a este mundo e por isso mesmo busca levar sua vida pelas trilhas da simplicidade.
     Batistão é homem que tem na cobiça envolvimento direto com o que está relacionado a este mundo demarcado por infindas negociações. Tem seu quinhão de vaidade hoje mantido em discrição por força das ameaças que pairam sobre seu patrimônio.
     O maior patrimônio de João da Barra está no amor que ele cultiva sem se permitir a manobras ou jogo de sedução. João da Barra acredita na força do ser humano enquanto alguém único e não na abstração do alguém transformado em grupo cuja identidade se perde em meio a interesses defendidos por movimentos, classes sociais ou partidos políticos.
     Xamã nem pisca olhos quando em instante de aprendizado.
Belo Horizonte, 04 junho 2015
VASSOURA
     São nos pequenos, minúsculos e até imperceptíveis detalhes é que temos a oportunidade de perceber força que há no acreditar.
     Dia desses pensei cismei comprar uma vassoura. Senti necessidade de ter a minha vassoura e pronto. Pensei mas não fui a nenhum lugar para fazer a compra. Havia sensação em mim dizendo para não ir porque a vassoura apareceria em meu caminho. Delírio? Alucinação?
     Sem dar maior importância acomodei idéia na certeza de que a vassoura apareceria.
     Saí de casa ontem, nem pensava na tal vassoura, até que deparei, no meio da rua, com ambulante oferecendo vassouras. Mostrou-me aquela que atraia minha atenção. Uma vassoura comum, mas feita pelas mãos do humilde mercador a exuberar todo acabamento dela feita com verdadeira crina pêlos de cavalo. Lembrei-me do que havia anunciado aparição dela, a tal vassoura que varre que é uma beleza. Vale ainda acrescentar, que eu nunca tinha visto o tal homem por onde passo, vendendo suas vassouras.
Belo Horizonte, 15 outubro 2007

Um comentário:

Ana Freire disse...

Sempre consegue ter... e ser mais... quem precisa de menos...
Abraço
Ana