CONFUSO
O que
está diante dos meus olhos é o que vejo.
O que está
dentro dos meus olhos é o que enxergo.
O que
passa por mim é o que percebo.
O que
passa dentro de mim é o que sinto. Aí pergunto: o que é sentir?
Sensação
estranha a vagar pela indagação em busca de resposta. Eu perdido na relva do
sonho ondulado e distante a confundir ondas do mar e das montanhas em meio a
terra e água na ilusão desse meu tão singular instante.
Serei o
bastante para mim mesmo?
Belo Horizonte, 12 setembro 2016
ENTRE ASSUNTO E OUTRO
Dr. Serjão foi
de São Fidelis a Campos com seus casos e episódios, atravessou baixada campista
e da Praia do Farol de São Tomé disse surgirem no século XIX portugueses vindos
da Ilha da Madeira com a cara e a coragem para enfrentar a vida do lado de cá
do oceano. A partir daí surge novo capítulo da história de Campos antes dos
índios Goytacazes. E a conversa esbarra em nomes memoráveis e episódios não
menos espetaculares como a do fulano que foi ao coronel reclamar que aquele
outro havia laçado sua filha assim, com todo atrevimento. Coronel sem
demonstrar desconforto pergunta pra fulano onde está importância daquele
acontecido. Fulano surpreso choraminga e se diz por demais ofendido com tamanho
desaforo do outro. Coronel insinua riso, dá baforada em seu charuto de primeira
linha e busca palavra em voz na mansidão. Diz pra fulano que episódio seria de
todo importante caso o outro, exímio laçador, errasse laçada no que daria em
atitude de ineditismo a ser esparramado aos quatro ventos.
Belo Horizonte,
30 julho 2011
Um comentário:
Como disse o Principezinho de Saint-Exupéry: "Só se vê bem com o coração"...
Uma boa semana, Amigo.
Beijos.
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