ACABOU?
ACABOU?
De repente eis que percebo a vida fugindo
de mim, ou serei eu que fujo dela? Não sei nem quero saber daquilo que só tem
servido para aniquilar o viver, se é que ainda resta algo para ser aniquilado.
A fé que carrego comigo não chega a
reconhecer o que antes eu acreditava ser vida.
A ilusão existe é para confundir a gente.
De repente percebo a vida lá longe e eu
aqui amortecido pela fantasia de estar onde não estou. Acabou tudo o que talvez
nem tenha começado.
A fé comparece para distinguir o que é do
que aparenta ser mostrando ao acreditar que a vida não é nada daquilo que um
dia acreditei ser.
A tolice é mesmo difícil de ser engolida.
Belo Horizonte, 21 julho 2017
CARRAPATAL?
Não cometo exagero, mas de fato quase morri.
No corpo do Xamã a aparição de sei lá quantos carrapatos surgidos do
nada. Mesmo munido de tratamento preventivo com direito a coleira repelente aos
parasitas, eis que surgiram eles. Uma semana de combate ferrenho, higienização
completa no corpo e ambiente de convívio do cão.
Resultado de toda essa operação de guerra foi que acabei envenenado por inalar
tanto produto químico. Quanto ao Xamã, melhor que nunca.
Quanto a mim, tonteira, náusea, ouvidos com audição estranhamente ampliada,
espécie de loucura.
Recebo notícia de que é preciso cuidado porque Belo Horizonte está infestada
por carrapatos. Transformou-se num carrapatal?
Cadê os meios de comunicação, o poder público municipal, os noticiários que não
dão a menor confiança pra isso?
Morrer não morri, mas a comunicação em Belo Horizonte parece morta quanto a
trabalho de fato eficaz.
Belo Horizonte, 18 abril 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário