QUINQUILHARIAS
QUINQUILHARIAS
Cheio de coisas para fazer.
Dia acorda cedo saindo logo para atender à demanda das necessidades.
A lista é grande alguns lugares precisam ser visitados para que tudo aconteça a
contento.
A bicicleta em movimento chama brisa para brincar com pensamentos que
agora exigem atenção. Pessoas transitando nas ciclovias, carregadores de
quinquilharias puxando carrinhos enormes interrompendo passagem. Haja paciência
para entender comportamento de quem anda por aí numa distração só. Mas, com
calma tudo se resolve criando caminhos a permitirem que as coisas sejam feitas
sem maior transtorno.
Na maré da saudade o mar grita de longe para os meus ouvidos que
insistem em confirmar ser mesmo grito do mar, chamado tão envolvente.
Banho frio, água passando pelo corpo indo embora dizendo que lá vai ela
para o mar.
Muito que fazer para que a vida encontre seu rumo.
Belo Horizonte, 24 dezembro 2017
PERGUNTA
INSOSSA
Ele gosta dela, ela gosta dele. Por isso mesmo resolveram namorar e
juntos estão trabalhando no Mercado Central. A freguesa depois de observar e
não mais conseguir conter a curiosidade quer saber quem ajuda quem. Entre
panelas, vasilhas, grelhas e mais um mundo de coisinhas, a pergunta ressoa
seca, crua e insossa.
Em um namoro, quem ajuda quem? Pois não será difícil entender, minha
freguesa, que namoro bom é o que conta com ajuda mútua. Enquanto um atende o
outro é atendido. Quando o atendido dá-se por satisfeito, eis que surge sua
oportunidade de atender. Por vezes vão os dois numa mesma ajuda a alguma causa
comum ao casal e assim segue a vida. A necessidade de um na atenção do outro
para que juntos consigam a plenitude por ambos desejada.
Tudo acertado, tudo embrulhado. Mais alguma coisa freguesa?
Belo Horizonte, 23 setembro 2001
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