PANINHO VERDE
PANINHO VERDE
Paninho verde sumiu
Estava na cozinha
Ninguém viu
Pia vaziinha.
Lembrança investiu
Naquela frestinha
Lá paninho não caiu
Resta olhar a lixeirinha.
Espanto perdido no chão
Mármore em sua escuridão,
Frio, úmido, espuma de sabão.
Mistério instalado
Coração apertado
Assunto acabado.
Belo Horizonte, 26 maio 2018
CAIXAS DO CORREIO
Para distribuição dos Folhetos Cadinho
RoCo, o expediente das caixas do correio. Elas são tantas e tão diferentes, que
chegam mesmo a chamar pela atenção da gente. Caixas novas, caixas velhas,
limpas, sujas, enferrujadas, pintadas de cores diversas, decoradas, lisas,
expostas, escondidas, de metal, de alvenaria. Existem as caixas simples e
aquelas descritas por detalhes a exuberarem o imaginário dos seus criadores
criadoras.
Mas, não é em todo endereço que expostas
estão as caixas de correio. Intrigante perceber que em lojas, bares,
restaurantes, padarias e mercearias, dificilmente é encontrada a tão
interessante caixa do correio. Aí, como fazer para deixar, de forma civilizada,
a correspondência?
No caso dos folhetos, bom ressaltar o
quanto é saudável o uso das caixas do correio, que estabelece assim certo sabor
de mistério. Quem, quando, por que alguém deixou este folheto aqui? O que penso
oferecer pertinente sabor estímulo para leitura dos folhetos.
A experiência tem sido ótima mesmo. Resta
saber, se você leitor leitora comungam com este que é sim um gesto de comunhão.
Belo Horizonte, 24 março
2005
Um comentário:
Sou testemunha do desaparecimento do paninho verde. Nem Ághata Christie para desvendar tanto mistério!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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