QUIEMANDO
QUIEMANDO
Chega o caminhão
Trazendo feijão
Felicidade no ar
Alívio no
respirar.
Beira de fogão
Panela de pressão
Agora é só esperar
Pelo bendito
cozinhar.
Vida pensando
Na água e no fogo
Conversa no jogo
Daquele demagogo
Que não sabe nem
quando
O feijão está
queimando.
Belo Horizonte, 14
junho 2018
GESTO RELÓGIO
O relógio parado
Quebrado e guardado
Assinala paralisia
De um tempo que vai.
Vamos vivendo
O relógio quebrado
E atuado por um sentido
Achado no tempo.
O tempo quebrado
Querendo reparo
Querendo viver.
O tempo voltado
Ao vagar do relógio
Mostrador de instantes.
Belo Horizonte, 13 julho 1985
Um comentário:
Tanto o Quiemando como o Gesto do Relógio são poesias profundas, belas e reflexivas.
Abraços!
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