TERNURA
TERNURA
Cai a tempestade
Eu e minha
vontade
Colecionando
idade
Conversando com
a saudade.
Fico na cama
Ninguém me chama
Pensamento
declama
Verde na grama.
Lote baldio
Coração vazio
Eis o desafio.
No espaço escultura
Ganha altura
Gesto de
ternura.
Belo Horizonte,
19 março 2019
QUIETUDE DA MULHER DO BOI
Do silencio que invade a alma João da
Barra experimenta a força do sentimento que liberta a própria alma.
O amor é sentimento de libertação, é
postura de ida incontida e livre de todo e qualquer dizer, dizer, dizer.
Na distância imposta pela quietude da
Mulher do Boi a aproximação de relatos observados por João da Barra.
Na angustia a pressão do que comprime o
ser ido ao ceticismo do seu próprio libertar, libertar, libertar. Não há razão
no pranto que clama pelo alívio que é sinal de reflexo vindo da busca de quem
não consegue o desprendimento do seu próprio agir, agir, agir.
O amor tem estreita relação com a
liberdade que tem em seu agir a manifestação equivalente ao mar que liberta das
suas ondas estrondos ensurdecedores e fascinantes, fascinantes, fascinantes.
Belo Horizonte, 01 junho
2010
Um comentário:
Simplesmente maravilhoso. Pura e forte imaginação poética.
.
Abraço
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