Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

terça-feira, 19 de março de 2019

TERNURA

TERNURA
Cai a tempestade
Eu e minha vontade
Colecionando idade
Conversando com a saudade.
Fico na cama
Ninguém me chama
Pensamento declama
Verde na grama.
Lote baldio
Coração vazio
Eis o desafio.
No espaço escultura
Ganha altura
Gesto de ternura.

Belo Horizonte, 19 março 2019
QUIETUDE DA MULHER DO BOI
     Do silencio que invade a alma João da Barra experimenta a força do sentimento que liberta a própria alma.
     O amor é sentimento de libertação, é postura de ida incontida e livre de todo e qualquer dizer, dizer, dizer.
     Na distância imposta pela quietude da Mulher do Boi a aproximação de relatos observados por João da Barra.
     Na angustia a pressão do que comprime o ser ido ao ceticismo do seu próprio libertar, libertar, libertar. Não há razão no pranto que clama pelo alívio que é sinal de reflexo vindo da busca de quem não consegue o desprendimento do seu próprio agir, agir, agir.
     O amor tem estreita relação com a liberdade que tem em seu agir a manifestação equivalente ao mar que liberta das suas ondas estrondos ensurdecedores e fascinantes, fascinantes, fascinantes.
Belo Horizonte, 01 junho 2010

Um comentário:

Nuno Filipe disse...

Simplesmente maravilhoso. Pura e forte imaginação poética.
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Abraço