INQUIETO
INQUIETO
No silencio
A prudência que alio
Ao pensar que desfio
Em meu ser sombrio.
Comigo vivo a proeza
Da minha própria
tristeza.
Talvez haja uma
certeza
Na própria incerteza.
Olho para o inseto,
Ele quieto
Eu inquieto.
Carro buscando de mim
a partida
Eu longe de toda e
qualquer medida
Alma tão encontrada
quanto perdida.
Belo Horizonte, 15
setembro 2019
AVISO AO FRANGO
Frango que
acompanha pato morre afogado.
Ainda assim
sempre há um frango que cisma em querer seguir o pato, seja pela indolência do
primeiro, seja pela malemolência do segundo. É que o pato tem um jeito maroto
de ser que parece mexer com o brio de alguns frangos mais ousados, ou talvez
vaidosos porque a vaidade é algo que assanha a sensatez de bichos menos
avisados.
Frango que cisma
ser o que não é, como acontece em muitos casos por aí, termina por cair no
ridículo, isso pra não dizer que vai se dar mal porque bem não faz a ninguém
ser o que não é próprio da sua natureza.
Frango esperto
trata de ficar na sua e sem criar muito alarde porque o assanhamento poderá
leva-lo para a panela mais cedo do que pensa.
Belo
Horizonte, 20 abril 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário