“BOCA DE PATO”
“BOCA
DE PATO”
Depois que roubaram minha bicicleta logo
no primeiro dia deste 2020 passei a retomar caminhadas mais extensas pelas ruas
e avenidas de Belo Horizonte observando detalhes, contemplando sugestões,
ouvindo o inusitado.
Sujeito cumprimenta o outro chamando-o de “Boca
de Pato”. Gostei da sonoridade do apelido que logo nos remete a curioso
contraste, posto não haver no pato boca e sim bico, da mesma maneira que no ser
humano não há bico e sim boca. Continuei caminhando sem perceber a feição do
dito “Boca de Pato” fazendo com que agora eu fique intrigado com fisionomia do
sujeito. Estivesse eu pedalando minha bicicleta jamais saberia da existência do
tão famoso “Boca de Pato”, tal como vim a saber.
Belo
Horizonte, 19 fevereiro 2020
AO NOSSO DISPOR
Todo dizer que vem realçado pelo amor se faz oportuno. Até porque não há
no amor nada que esteja associado a um procedimento, digamos, de economia.
O
amor é expansão, é liberdade, é exposição. Daí a persistência do mais extenso
diálogo com o amor que tem sempre algo a dizer para o nosso estar.
O
problema, no entanto, está mesmo é em quem não consegue se soltar para o amor
de maneira sincera. Isso porque vivemos e convivemos em meio a motivações
diversas que terminam por confundir e inibir o nosso próprio agir frente ao
amor.
O
amor está sempre ao nosso dispor.
Belo Horizonte, 10 fevereiro 2016
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