DESVENCILHADA
DESVENCILHADA
A tarde está nublada, tempo choramingando.
São nuvens cobrindo todo céu, há um cheiro de
queimado, alguém conversa com alguém talvez discutindo sobre isso.
No silencio que vem do cão Xamã em
singular cochilo penso no meu sonho regado por essa expectativa que inunda meu
espírito ido além nuvens num flutuar solene e desgarrado de todo e qualquer
entrave.
A liberdade abre permissão para que flua
desvencilhada dos acontecimentos a insistirem em querer travar tudo.
Belo
Horizonte, 22 outubro 2020
DEPOIS
Para negociar temos o
momento do sim e o momento do não. Da oferta ao preço trajetória de conversas
recheadas de argumentos a buscarem unidade de entendimento então possível ou
não de ser alcançado.
No mar, ondas que dão
movimento, cor e som à paisagem então alvoroçada por esta constante
inquietação. Em meio a tudo o silencio posto entre paredes, pedras e palavras
sem voz.
Para decidir, o viver então
instalado entre buscas e achados, conclusões e indagações resultadas ao que
então despertará o agir.
Ao depois tudo que só será
resolvido depois.
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