DILUÍDA
DILUÍDA
Passo a vida inventando assunto, buscando
jeito de novos caminhos, viajando sem ter como viajar e nem deixar de viajar.
Parece coisa de maluco e talvez seja mesmo, o que não vem ao caso aqui agora
esmiuçar.
Por muitas e muitas vezes estou onde de
fato não estou, sem de fato deixar de estar onde vibra meu sentir tocado pelo
que não sei decifrar, muito embora saiba sentir.
Havia uma leve angústia instalada em
alguém que senti bater em mim com muita força. Tratei então de rezar, isso
mesmo, rezar para que essa angústia naquela que sei quem é fosse diluída, ou
desaparecesse.
Hoje, numa situação que não revelo,
percebo ter aquela angústia desaparecido ou, pelo menos, diluída. Sensação boa
que vem a mim sugerir que eu reze de novo, agora só para agradecer mesmo.
Será maluquice?
Belo Horizonte, 18 novembro
2020
LUA ANÔNIMA
Lua no céu
Lua no papel
Lua no coração
Lua no chão.
Lua na lembrança
Lua nos olhos
Lua na imaginação
Lua nas palavras.
Lua no mundo
Dos sonhos
E da realidade.
Lua na intenção
Dos gestos
Soltos no espaço.
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