ESCREVENDO
ESCREVENDO
Estou mais pra lá do que pra cá,
explicarei melhor. O que acontece é que tenho escrito muito para publicações
outras a me levarem por assuntos outros, a cativarem minha atenção para o que
então não é alcançado, em princípio, pelos Folhetos Cadinho RoCo que formam o
centro, a base, o núcleo do que faço e escrevo.
Por aqui tenho inventado conversas a
tentarem, quem sabe, comunicação com tudo que tenho feito, mas sem muito
resultado. Agora resolvo trazer o de lá pra cá até por já estar levando parte
do que está pra cá, pra lá a assim fazer com que tudo fique simpaticamente
centrado.
A vida de um escritor não está escrita por
antecedência.
Belo Horizonte, 19 novembro
2020
A PEDRA ÔNIX
Certa vez fui surpreendido por simpático
gesto brotado da inspiração do preclaro Bill Falcão. Um poema bem lapidado
enaltecendo a magia do meu relacionamento com as pedras. Fui às alturas, sentindo-me
uma pedra da Gávea, do Corcovado, da Urca ou do Pão de Açúcar.
Ainda ontem, em Diamantina, uma situação
singular. Já fazia tempo que eu procurava uma pedra ônix para acompanhar-me
pelas andanças da vida. E foi em Diamantina, que tive a oportunidade de
encontrar, não uma, mas duas pequenas pedras ônix. Lembrei-me dos versos do
Bill Falcão. Do aceno das pedras, a presença daquela fada que tem visitado meus
sonhos com projeções de competência apaixonante. Se fico com uma das pedras, a
outra anuncia para onde quer ir.
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