DUAS MANGAS
DUAS MANGAS
Uma, duas mangas maduras, caídas da
mangueira existente do outro lado do muro daquela casa. Passo por ali sempre e
nunca tinha notado a existência de frondosa mangueira do outro lado do muro.
Uma vez diante daquelas duas frutas lindas e lançadas ao chão, eis que atentado
fui para a existência da árvore do outro lado daquele muro espesso, alto e já
com idade respeitável.
Peguei ou, melhor dizendo, colhi aquelas
duas mangas intactas que, confesso, pareciam estar à minha espera sem saberem
se eu iria passar por ali. Eu mesmo não sabia que aquele foi o caminho que
escolhi naquela manhã.
Na vida, o imprevisível pode ser sim
encarado como perfeitamente previsível.
Belo Horizonte, 21 novembro
2020
PAZ ALTIVA
De cima
Do olhar
austero
Da girafa,
Outros ares.
Da brisa
As mansas
árvores
A
alimentarem
A girafa.
Da liberdade
A paciência
Da girafa.
Da presença
inofensiva
Da girafa,
A ternura.
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