DESCALÇO
DESCALÇO
Foi a sandália de dedo arrebentar a tira
para que me desse conta do tempo que eu não fazia ainda que pequena caminhada
descalço.
Na praia costumo andar descalço, mas no
cotidiano aqui em casa estou sempre com par das benditas sandálias de dedo. Até
que a tira arrebenta e pronto, pego-me na necessidade de continuar cuidando do
jardim descalço.
Agora busco solução de emergência criando
jeito de prender a tira, mas o melhor mesmo é tratar de obter sandálias novas
caso eu não queira ter de ficar em casa andando descalço, ou com sapatos que
uso para sair.
Belo Horizonte, 04 dezembro
2020
O ENIGMA DE ÓRION
No “Pedacinhos do Céu”, ela pede uma música. Da caligrafia o outro lê:
Curió. Indagação geral. Que música será essa?
Da memória o ciscar do curió que definitivamente, não é uma música.
Trata-se, com certeza, de um passarinho.
Com a devida autoridade, o Tião busca do seu bandolim “Odeon”, do mestre
Ernesto Nazareth. A música era aquela.
A Dorinha sabia que havia confundido o título da música, mas ficou sem
entender porque discutiam sobre o curió, pássaro deveras encantador. O que o
outro leu como sendo curió, era Órion. Ela escreveu Órion.
Dorinha estava mesmo absorvida pelo “Pedacinhos do Céu”, entregue à
constelação de Órion com aquelas três belas estrelas: Betelguese, Riguel e
Bellatrix. As tão conhecidas “Três Marias”. Ela escreveu Órion, o outro leu
curió e a música era Odeon.
Mas, por que lembrar da constelação de Órion? Pensando bem, será que a
Dorinha é uma dessas estrelas? Pensando melhor, como é que o Tião desvendou
esse mistério vindo de Órion?
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