QUÊ
A vida está lá e eu aqui contemplando-a de
longe. Sem ter muito o que fazer passeio por sugestões íntimas a pretenderem
achar a trilha das oportunidades. Elas estão à solta por aí e eu aqui sem
encontra-las por alguma razão que desconheço. Conversas virtuais, individuais,
monólogos. Entendimentos que não consigo entender.
Assuntos desencontrados deles mesmos a
estabelecerem o que termina por confundir tudo.
Aos poucos percebo que até agora não sei
se o que faço é me aproximar ou me afastar sei á de onde, sei lá do quê.
Belo Horizonte, 14 dezembro 2020
TORTA DE SORVETE
Era uma
torta de sorvete. A Geórgia derretendo a noite. Enquanto isso, Carena celebrava
a sua data.
Era festa,
era alegria. Lábios de chocolate. Fatias de sorvete. A Geórgia na doce animação
em homenagem à Carena.
Era noite,
era um bolo de aniversário. A torta de chocolate provocando o apetite. E no
paladar das intenções, a Geórgia oferecia um brinde à Carena. Viva, tão viva a
presença da Carena entregue à felicidade de tantos abraços.
Era uma
torta de sorvete capaz de unir tantos paladares em único sabor. Sobre a bandeja,
uma faca. O dedo da Geórgia buscando da faca, o rastro deixado pela torta.
Festa da Carena. E a Geórgia chupando o dedo de chocolate.
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