SAUDADE DA MULHER DO BOI
Esta mulher...
SAUDADE DA MULHER DO BOI
Saudade da mulher do boi porque ela está lá em Campos dos Goytacazes e eu não, não, não.
Saudade da conversa que não tivemos, muito o que dizer ouvir, ouvir dizer, dizer ouvir.
A mulher do boi parece ansiosa e eu também, também, também. Nem sei se ela tem alguém, alguém, alguém.
Boi na linha da mulher do boi, da linha de trem que não vem mais, da mulher ela que sempre vem pelos trilhos da saudade, saudade, saudade da mulher do boi neste meu coração João da Barra.
Belo Horizonte, 30 abril 2010
VIAJANTE DE PASSAGEM
Creio que nunca esquecerei daquela enorme mesa decorada com tamanha variedade de queijos, todos produzidos naquela região. Eu estava no Serro, um dos graciosos berços das Minas Gerais.
Era uma casa antiga, com móveis antigos, com uma quietude antiga, com um cuidado antigo e descansado naquele banco, pesado por século de existência. Pães de queijo e um café com sabor histórico. Tudo de um tempo contado por vasos a exalarem a juventude de flores tingidas por amores passados e restaurados por pétalas de esperança.
Os queijos, deliciosos. A casa, maravilhosa. O Serro, apaixonante.
Eu estava ali, viajante de passagem. Chegava de rápida ida a Sabinópolis, que agora surge alegre em minha lembrança. As flores daqueles vasos parecem acenar pra mim. Mas não estou no Serro.
Estarei em Sabinópolis?
Belo Horizonte, 27 fevereiro 2001
11 comentários:
Uia, voltates para casa já?
Mas espero que Jota tenha te acompanhado no caminho de volta.
Fique com Deus, menino Cadinho.
Um abraço.
Minas Gerais costuma mesmo apaixonar. Mineiros são receptivos, acoledores, mineiras são ótimas cozinheiras. As casas de interior são simples, tem café quentinho e mesa repleta de pães, bolos, queijos... tudo feito em casa. ô trém bão.
Beijos.
A descrição foi tão perfeita que até eu senti saudades das coisas mineiras...fique com água na boca.Só não entendi a mulher do boi...mas deixa quieto.
Um beijinho com gosto de queijo.
...bom dia, querido lindo!
fiquei com saudade do queijo
de coalho derretendo na
frigideira sobre o fogão
de lenha.
afemaria...socorro!
rsrs
bjbj
Ô gente, que coisa mais gostosa ler um poeta mineiro!!! É como estar em casa!!! Onde estão os outros poetas mineiros, Cadinho?! E porque não nos reunimos todos de alguma maneira, para saraus bem à nossa moda? Obrigada pela visita deliciosa e o comentário tão gentil lá no Poesia Torta. Espero vê-lo mto e quem sabe a gente não movimenta essa mineirada poética juntos?
Beijo carinhoso. =*
Ê saudade..... Dá-lhe mulher do boi......
Olha...
Essa mulher do boi...
Não é lá muito recomendável... você sabe...
rs rs rs
Abraço, amiguinho!
Gostei das tuas escritas.
Obrigada pela visita.
Sumemoooooo.
Bjotas sonoras.
Ando tão distraída , rs, que só agora me toquei quem é o João da Barra. Nada contra a mulher do boi...mas já te disse o seu nome é astúcia, lembra? Estou gostando muito do Cadinho de bem com a vida. Provei a culinária mineira "in loco" em outubro de 2008, adorei, então os queijos ..hummmm nem se fala. Abraços.
Meu coração tem um grande prazer em conhecê-lo. É gostoso demais ler seus textos. Sigo-te e indico-te a outros companheiros de palavras.
Um abraço,
Maria Maria
Muito legal! Adorei seu post... vontade desse queijo fresco e essa atmosfera mineira... legal demais! Sempre desperta lembranças e uma saudade de apertar o coração, não?
abração
Léo (http://leioleo.zip.net)
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