SIMPLES

Discurso pela valorização profissional

SIMPLES

Sempre considerei bastante temerária a posição de quem patrocina investe em propostas assumidas por quem não tem respaldo de êxito naquilo que faz ou pretende fazer.

Nas comunicações, a televisão talvez seja o veículo que mais atrai a vaidade das pessoas. Isso faz com que muita gente se aventure na televisão com muita vontade de aparecer e pouca capacidade de aparição. Fazer televisão não é tão simples e nem tão pouco fácil. Em princípio a coisa se resume a mostrar a cara e falar, representar, dizer o que é pra ser dito. Mas o que importa mesmo é saber, partir do princípio proposto pela televisão com carisma, com capacidade de envolvimento, de aproximação, de comunicação entre o quem faz com o quem assiste. É por aí que a coisa começa a mostrar que o simples é simples pra quem tem intimidade com o simples.

Belo Horizonte, 16 setembro 2011

ELEITORADO

No Brasil, ao completar 18 anos somos obrigados a votar, nos tornamos eleitores. Mas que eleitores somos nós diante da obrigatoriedade do voto?

Hoje é pública e notória a decadência da qualidade do voto no Brasil, demonstrada pela nítida evolução do descrédito da população para com a classe política. E sem querer ficar na abstração da retórica, não é difícil perceber o uso indiscriminado da deformação que paira sobre o eleitorado que reduz o voto a atitude de momento sem se dar conta, ou importância, ao que de fato representa isso. A questão do voto não se restringe a alguém e nem tão pouco a um cargo.

O eleitor, por intermédio do voto, assume postura política, abre caminho para o fortalecimento do que pode alterar completamente a história de um País inteiro.

O eleitor, por intermédio do voto, precisa estar atento para não mirar no que vê e acertar no que não vê.

As aparências enganam e os discursos escondem o que não é conveniente mostrar. A propósito, o eleitorado brasileiro está mesmo preparado para ser obrigado a votar?

Belo Horizonte, 19 outubro 2008