LIVRO DE BOLSO
Pra pensar em comprar
preciso pensar na dindim que tá curto demais
LIVRO DE BOLSO
Tudo acontece numa sucessão por demais
interessante, pra não dizer desafiadora. É que nem tudo que acontece surge tal como
queremos ou imaginamos. Somos sempre surpreendidos por encontros, fatos,
imprevistos e mais uma série de acontecimentos a desviarem rumo das nossas
ideias e intenções.
Basta uma ida ao cinema para que sejamos
verdadeiramente chamados a atentar para um ainda que pequeno achado.
Na livraria passeio pelos livros em
exposição. Um parece chamar por mim, aquele outro também. Mas, sinceramente,
tenho encontrado nas livrarias publicações que para mim não passam de produtos
meramente comerciais. Tem muita futilidade em livros, muita autoria sem o menor
compromisso com a literatura, muito nome que é a própria encarnação da vaidade.
Em casa, penso em um pequeno livro que vi
estampado naquela livraria, que mexeu comigo. Penso em voltar lá e comprar o
tal livro de bolso.
Belo Horizonte, 19 dezembro 2012
DAS APARIÇÕES
Iemanjá comenta sobre situações predeterminadas. Aparições inesperadas
que esbarram em nossas esperanças.
Um telefonema do amigo Lindolfo. Não é a primeira vez que ele surge,
mesmo sem saber, em algum momento de intensa revelação. Um padrinho por
excelência. Iemanjá consente, comentando sobre seres predestinados.
Iemanjá pondera sobre o poder que temos em aproximar e afastar o que
buscamos, ou rejeitamos. Longe é o oposto do perto. Sendo assim, ao ficarmos
próximos do afastamento, permanecemos afastados da aproximação.
Mesmo sem aparecer, ela permanece perto. Ela quem? Pergunta Iemanjá. Ou
será...
Belo
Horizonte, 07 fevereiro 1999
Nenhum comentário:
Postar um comentário