OUTRO MUNDO
Vivendo e
aprendendo
OUTRO MUNDO
Esta coisa de não ter o
seu trabalho reconhecido, de não ter dinheiro, vai aos poucos minando vergonha
da gente porque diante da necessidade não há como ficar com tanta reserva não.
Aos poucos você é levado a abrir permissão para o que antes propunha comportamento
de reserva muito mais acentuado.
A necessidade impõe sobre
nós maneira de ser lançada aos termos da sobrevivência. O que antes
simplesmente exigia mera atitude nossa em adquirir aquilo ali de valor quase
nenhum, na necessidade se der pra ser ignorado o melhor a fazer é ignorar
mesmo. Por isso é que de repente, quando despertamos pra coisa, percebemos o
quanto mudamos por força do não ter como ser diferente.
Na necessidade a vida
vive a vida que apesar de viva, não tem como viver de fato. É a inversão do
aparente que então faz com que fiquemos desaparecidos do mundo que antes era o
nosso mundo então feito em outro mundo.
Belo
Horizonte, 24 janeiro 2013
HORA MARCADA
Conheci a Alessandra e a Alessandra, amigas daquela Poliana que não
conhece a Poliana. E fui conhecendo gente e mais gente pela tarde que foi para
a noite que foi para a madrugada que acabou amanhecendo.
Acordei
pensando em um e outro assunto, diante do fazer de outro dia. Cumprimentos e
despedidas que deram a mim o sentido de outros rumos. Outros caminhos indagados
pelo agir exposto à sua busca. Tal como acontece com o dia, o relógio passa
pelas horas, sem nada dizer. No jornal, notícias diversas. Assuntos que emanam
outros assuntos. E o passeio pelo que está acontecendo e pelo que poderá
acontecer. Vou chegando lentamente à hora marcada por algum propósito meu.
Enquanto isso, espero. Ainda é cedo.
Um comentário:
Oi, Cadinho,
às vezes temos que tomar essa atitude mesmo, não de desistir de algo, mas dar um tempo, fazer outras coisas, nos virar de alguma forma e depois retornarmos com o primeiro plano.
Acho que faz parte da vida e não deve ser visto como um fracasso. Isso é coragem.
Beijos
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