Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

OUTRO MUNDO


Vivendo e aprendendo
OUTRO MUNDO
     Esta coisa de não ter o seu trabalho reconhecido, de não ter dinheiro, vai aos poucos minando vergonha da gente porque diante da necessidade não há como ficar com tanta reserva não. Aos poucos você é levado a abrir permissão para o que antes propunha comportamento de reserva muito mais acentuado.
     A necessidade impõe sobre nós maneira de ser lançada aos termos da sobrevivência. O que antes simplesmente exigia mera atitude nossa em adquirir aquilo ali de valor quase nenhum, na necessidade se der pra ser ignorado o melhor a fazer é ignorar mesmo. Por isso é que de repente, quando despertamos pra coisa, percebemos o quanto mudamos por força do não ter como ser diferente.
     Na necessidade a vida vive a vida que apesar de viva, não tem como viver de fato. É a inversão do aparente que então faz com que fiquemos desaparecidos do mundo que antes era o nosso mundo então feito em outro mundo.
Belo Horizonte, 24 janeiro 2013
HORA MARCADA
     Conheci a Alessandra e a Alessandra, amigas daquela Poliana que não conhece a Poliana. E fui conhecendo gente e mais gente pela tarde que foi para a noite que foi para a madrugada que acabou amanhecendo.
     Acordei pensando em um e outro assunto, diante do fazer de outro dia. Cumprimentos e despedidas que deram a mim o sentido de outros rumos. Outros caminhos indagados pelo agir exposto à sua busca. Tal como acontece com o dia, o relógio passa pelas horas, sem nada dizer. No jornal, notícias diversas. Assuntos que emanam outros assuntos. E o passeio pelo que está acontecendo e pelo que poderá acontecer. Vou chegando lentamente à hora marcada por algum propósito meu. Enquanto isso, espero. Ainda é cedo.
Belo Horizonte, 01 julho 1999

Um comentário:

Clara Lúcia disse...

Oi, Cadinho,
às vezes temos que tomar essa atitude mesmo, não de desistir de algo, mas dar um tempo, fazer outras coisas, nos virar de alguma forma e depois retornarmos com o primeiro plano.
Acho que faz parte da vida e não deve ser visto como um fracasso. Isso é coragem.

Beijos