Cadinho RoCo – Jeito outro de ler e pintar a vida.

Estréia oficial do Blog – 27 novembro 2006

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

PERTINÊNCIA


Na espera enorme aprendizado

PERTINÊNCIA

     A cada dia que passa somos chamados para a simplicidade de todas as coisas. Estar atento a isso é uma questão de postura porque quando resolvemos não aceitar o simples tratamos de trazer para nós mesmos a complicação.
     A mistura da espera com a expectativa que alimenta a ânsia faz por merecer mais que mera atenção nossa. Bom observar que o estar atento pode também sugerir quietude, paralisia. A fera que espreita sua vítima permanece imóvel para dar o bote no momento certo. Mas esta imobilidade não está inerte, muito antes pelo contrário. Na espera a situação da imobilidade desencadeia movimento invisível de sentidos e músculos. É por aí que da mistura que há entre a espera e a expectativa evitamos a precipitação da ansiedade que em muitos casos não consegue se alinhar ao que age em favor do êxito de determinada ação. Frente a tudo que parece ser tão complexo, eis que temos a chance de vislumbrar a simplicidade fugindo exatamente daquilo que nos afasta de elucubrações inúteis, para que consigamos nos aproximar das conquistas pertinentes.
Belo Horizonte, 21 janeiro 2013

O Vinho do Porto

     Um cálice com Vinho do Porto, para que eu sinta o sabor do beijo da amada.
     Do Vinho do Porto, o calor tinto a vagar pelo sangue entregue ao paladar amante deste amor. Há ainda a corpulência do sabor misturado ao hálito “meio seco” da carícia untada pela inspiração que flui por todo corpo.
     Um cálice na transparência da celebração que absorve o vinho feito em singular emanação. E a amada em sua sede, busca do cálice o líquido qual sangue a nutrir e aliviar o insistente chamado do coração.
     Um cálice com Vinho do Porto, para que possamos partir transformando nossos corpos em única embarcação do amor.
Belo Horizonte, 22 junho 1999

3 comentários:

ONG ALERTA disse...

Verdade, abraço Lisette.

Penélope disse...

Pois sim,meu amigo, o vinho do PORTO é sempre bem-vindo e quanto as simplicidades elas estão cada dia mais complexas...
Um abraço

Anônimo disse...

Ótimo texto!
Beijos :*
Nos olhos de quem viu