MUNDÃO
Temos todo tempo do mundo
MUNDÃO
O tempo de um
não é o tempo do outro porque cada um tem seu tempo, sua pressa, sua espera,
sua necessidade, sua vontade. Por isso é que o que para um pode parecer lento,
para outro poderá sugerir pressa. Por isso é que então cometemos adiantamentos
e atrasos em nossas vidas.
A necessidade de
cada ser é uma e ainda que possa sugerir semelhança com a outra, não é igual.
Razão pela qual devemos sempre valorizar a compreensão capaz de fazer com que
percebamos de maneira mais amorosa e menos rancorosa a necessidade, o tempo, a
busca e o querer de quem convive conosco nesse mundão de todo tamanho.
Belo Horizonte, 22 janeiro 2013
DESAPAREÇO
No fundo do mar, o amor
sufoca. Que mar? O mar que salga o amor. Que amor? O que inunda o mar de
lágrimas.
Sem lamentos, sem lágrimas, sem lástimas,
o amor parece perdido. Enquanto isso, perdido estou eu que não encontro o
caminho para estar perto dela. O mar confunde o amor a amortecer o pranto de
ser eu tão só meu. Ela aparece nas ondas do tempo esbarrado no eu ido em busca
da praia ela.
No fundo do mar o amor navega. Aí, o corpo
afogado pelo desejo do mergulho. Ela respira fundo. Eu desapareço.
Belo Horizonte, 07
julho 1999
2 comentários:
Bom dia, Cadinho. Lindo demais o teu texto.
Feliz de quem consegue partilhar se pessoas que estão no mesmo tempo, ou não né... vai saber.
Esses desencontros fazem parte da vida, e as vezes eles anunciam que ainda não está no tempo se unir os instrumentos e completar a sinfonia.
Beijos amigo.
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