DIA DAS MÃES
Série Cadinho de
Prosa dos Folhetos Cadinho RoCo
DIA DAS MÃES
Enquanto penso naquele
livro do Rubem Braga chego ao segundo domingo de maio, dia das mães. Não
discuto quanto ao mérito da data. Fico na intenção da homenagem certo de que
todo dia é dia da mãe, do pai, do filho e do espírito que em princípio é santo,
mas que nem sempre é santificado por quem o carrega vida afora.
Dia de dar presente? Pode
ser que sim, mas prefiro alertar para o fato de que mais importante é se fazer
presente de maneira solícita, desprendida e amorosa. Aliás, bom também realçar
que todo dia é dia para que coloquemos o amor em destaque porque com amor tudo
ganha dimensão mais envolvente, mais disposta e forte.
No dia das mães bom
também parabenizar todas as mães que convivem conosco porque o jeito maternal
de ser faz bem pra todos nós que somos nascidos de uma mãe.
Belo Horizonte, 12
maio 2013
UMA BIBLIOTECA
Acordo assustado com a nitidez da mensagem a mim enviada por sonho. Uma
missão. Criar uma biblioteca em Raposos, aberta à população.
Intrigado, percorro por dia inteiro de singular indagação. Terei nascido
para tal empreitada? Aos passos do raciocínio, alcanço a conclusão de haver em
mim o brotar de idéias a semearem a terra. Sem ser eu a terra ou a semente que
irá germinar a planta, encontro-me na condição de idealizador.
Lanço a semente. Uma biblioteca para a população de Raposos. Até que sou
noticiado da espetacular iniciativa de um certo açougueiro radicado em
Brasília. Do açougue, uma biblioteca livre de todo e qualquer critério. A
freguesia usufrui, conserva, administra e estimula a idéia do açougueiro que
vê-se forçado a ampliar o espaço destinado aos livros que surgem pela via de
simpáticas doações.
Belo Horizonte, 12 setembro 2000
2 comentários:
Compactuo do seu comentário entre 'dar presente ou estar presente'... eis o valor maior!
Abraço, Célia.
Por cá, é no 1º Domingo de Maio :)
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